Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema
Rua Barata Salgueiro, 39 - Lisboa Ver website
6 AGO, 20H00 | CINEMATECA PORTUGUESA O Doclisboa e a Cinemateca Portuguesa apresentam uma sessão de antecipação das retrospectivas de Cecilia Mangini e de Ulrike Ottinger, com a exibição dos três primeiros filmes da cineasta italiana, fruto de uma colaboração com Pier Paolo Pasolini, e da primeira obra de cineasta e artista visual alemã (realizada a meias com Tabea Blumenschein). Duas retrospectivas que irão ser apresentadas na 19ª edição do Doclisboa, que irá decorrer entre 21 e 31 de Outubro, nas salas habituais da cidade. A sessão terá lugar na sala M. Félix Ribeiro da Cinemateca Portuguesa, às 20h00, e apresentará os seguintes filmes: Ignoti alla città Cecilia Mangini | Itália | 1958 | 10’ O primeiro filme de Mangini, retirado de circulação pela censura da altura, retrata a vida, problemas e esperanças de um grupo de rapazes dos subúrbios marginais e pobres de Roma. Pier Paolo Pasolini, então escritor e amigo da realizadora, contribui com as palavras que nos guiam pelas imagens de Mangini. La canta delle marane Cecilia Mangini | Itália | 1961 | 10’ Visão vibrante e sensual sobre a dissolução de fronteiras, La canta delle marane acompanha um grupo de rapazes que brinca à beira de um rio nos subúrbios de Roma. Toma a forma de um poema visual dedicado àquela zona periférica, que teve um papel importante nas narrativas de Pier Paolo Pasolini. Este filme inspira-se no romance de Pasolini, Ragazzi di vita [Meninos da Vida]. Stendalì (Suonano Ancora) Cecilia Mangini | Itália | 1960 | 11’ Em Salento, no sul de Itália, mulheres vestidas de preto lamentam os mortos. Em Stendalì, Mangini retrata esta tradição num ritmo frenético, quase alucinatório, amplificado pela música vanguardista de Egisto Macchi. Laokoon & Söhne Ulrike Ottinger e Tabea Blumenschein | RFA | 1972-73 | 48’ Num país imaginário, habitado apenas por mulheres, Esmeralda del Rio empreende uma série de transformações, tornando-se viúva na tundra gelada, patinadora no gelo e até o gigolô Jimmy. Este primeiro filme de Ottinger, raramente projetado, é em si um acto de metamorfose, com a autora a passar para o cinema após trabalhar como artista e fotógrafa. O turbilhão excêntrico de imagens, acompanhado de uma narração divertida e caprichosa, é um exercício surrealista, um ritual e um jogo requintado tão sério como só os jogos o podem ser. “Os contos de fadas estão a chegar; os contos de fadas vieram para ficar.” A retrospectiva de Cecilia Mangini conta com o apoio do Instituto Italiano de Cultura de Lisboa.
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