Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa, de Sara Barros Leitão Teatro | Sáb, 20 nov | 21h30 | Teatro Sá da Bandeira | Classificação Etária M/12 | Duração 01h30 (aprox.) | Preço 7,5€ (verificar descontos) Bilhetes à venda no TSB, na BOL e nas lojas Worten, CTT e FNAC. Horário de bilheteira física (Teatro Sá da Bandeira) de terça a sexta-feira 11h - 14h A bilheteira abre 1 hora antes da sessão. Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa é o título roubado clandestinamente a um texto do livro “Novas Cartas Portuguesas”, e que dá o mote para este espetáculo. Partimos da criação do primeiro Sindicato do Serviço Doméstico em Portugal para contar a história, ainda pouco conhecida, pouco contada, pouco reconhecida, pouco valorizada, do trabalho das mulheres, do seu poder de organização, reivindicação e mudança. É a história das mulheres que limpam o mundo, das mulheres que cuidam do mundo, das mulheres que produzem, educam e preparam a força de trabalho. Esta é a história do trabalho invisível que põe o mundo a mexer. Biografia da companhia: Cassandra é uma estrutura de criação artística fundada em 2020. É também o nome da mulher que Apolo amaldiçoou por ter recusado a sua sedução, tornando-a capaz de prever o futuro sem que ninguém acredite nela. Resgatada do mito clássico, depois de ver Tróia incendiada, e ver cumprido tudo o que predestinou, chega-nos agora em forma de encorajamento à criação, mesmo sabendo da dificuldade que terá em ser ouvida. Uma característica não muito diferente da de todas as mulheres. Para 2021, profetizou três projetos: um clube do livro feminista - porque os livros salvam vidas e o feminismo salva o mundo; um espetáculo - porque quer trazer para a luz o trabalho doméstico, estruturalmente invisibilizado; e um podcast - que acompanhará um processo de trabalho dessa nova criação, porque toda a gente sabe que os espetáculos nunca são tudo o que os ensaios prometem. Ainda que, por uma vez, queiramos acreditar no que Cassandra anuncia, sabemos que depois de 2020, tudo pode não acontecer. Biografia da criadora: Sara Barros Leitão, Porto, 1990. Formou-se em Interpretação pela Academia Contemporânea do Espetáculo e iniciou a licenciatura de Estudos Clássicos na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e iniciou o Mestrado Estudos sobre as Mulheres - Género, Cidadania e Desenvolvimento, na Universidade Aberta. Não concluiu nenhum. Trabalha regularmente em televisão, cinema e teatro. Presentemente, trabalha como atriz, criadora, encenadora, assistente de encenação e dramaturga. Nos últimos anos destacam-se as encenações dos concertos Trilogia das Barcas (2018), de Gil Vicente, e Rei Lear (2019) de William Shakespeare, coproduzidos pelo CCB e Toy Ensemble; bem como as criações Teoria das Três Idades (2018), coproduzida pelo Teatro Experimental do Porto e Teatro Municipal do Porto, a partir do estudo do arquivo do TEP, e Todos Os Dias Me Sujo De Coisas Eternas (2019), a partir de um trabalho de investigação sobre a toponímia portuense, apresentado no projeto Cultura em Expansão. Em 2020, fundou a estrutura artística Cassandra, para desenvolver os seus projetos. Feminista, ativista por todas as desigualdades ou injustiças, incoerente e a tentar ser melhor, revolucionária quanto baste, artista difícil de domesticar. Usa o espaço de cena, o papel e a caneta como se fosse uma caixa de fósforos e um bidão de gasolina, ou um megafone para contar a história dos esquecidos. Ficha Técnica Criação, texto e interpretação Sara Barros Leitão | Assistência à criação Susana Madeira | Cenografia e figurino Nuno Carinhas | Desenho de luz Cárin Geada | Desenho de som José Prata | Montagem e operação som Maria Peres | Montagem e operação luz João Teixeira | Coordenação e acompanhamento da pesquisa Mafalda Araújo | Tradução e legendagem para inglês Amarante Abramovici | Direção de produção Susana Ferreira | Conceção de maquinaria António Quaresma | Execução costura Ponto sem nó | Companhia Casssandra | Projeto financiado por: República Portuguesa e Direção Geral das Artes Normas COVID-19 Uso obrigatório de máscara | Desinfeção das mãos à entrada | Respeitar o distanciamento social | Respeitar os circuitos de circulação.