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O SER INUMANO

O SER INUMANO

Hugo Cabral Mendes

O Ser Inumano é uma performance para dois corpos, dois animais e dois pedaços de carne, onde se trabalha a morte do Sol como ideia de Livro de memórias sobre a humanidade e dos seus "erros" ou fatalidades.

“A morte, se bem que limite, é por excelência aquilo que se oculta e se adia e por isso ocupa tantas vezes o pensamento, esta morte que afinal é a vida do espírito. Mas a morte do Sol, implica a morte do espírito, pois é a morte da morte como vida do espírito. Nada há a substituir nem a diferenciar se nada sobreviver.” (Jean-François Lyotard, 1991).

O Ser Inumano é um espaço de desmaterialização infinita do nosso interior e do nosso pensamento, lugar onde se desconstroem ideias e se constroem conceitos à volta da morte física/vida do espírito e morte do espírito/morte da memória e do eco e da desmaterialização do corpo e do pensamento, criando assim a matéria inumana.

O corpo humano é um corpo de Luz que carrega o Universo consigo e está constantemente numa procura interna pela memória e pelos acidentes/acasos que criam um cordão umbilical emocional e familiar entre dois ou mais corpos. Cria-se o imaginário da passagem de tempo e de como o corpo se transforma em paisagem imaterial e reclama o tempo que nunca foi dele, através do cansaço.

A performance cria um portal do Mundo das formas (realidade) para o Mundo Imaterial - Um mundo transcendente que deixa em aberto um lugar livre de tudo o que a sociedade nos instala sobre como se deve viver e como se deve morrer, um porto de abrigo empático e solidário para qualquer espécie - um lugar onírico e distópico, que no fim procura dilatar o tempo numa forma de nos obrigar a observar a sentir.

Teaser

Direção e conceção Artística: Hugo Cabral Mendes
Colaboração Artística: Romeu Runa
Cocriação e interpretação: Hugo Cabral Mendes e Guilherme Barroso
Apoio à dramaturgia: Adriana Xavier
Apoio ao texto: Guilherme Filipe
Vídeo e Fotografia: Guilherme Gouveia
Vídeo promocional: Hugo Pedro e Hugo Cabral Mendes
Sonoplastia: David Taylor
Figurinos: Samuel Arguinzones
Direção Técnica e Desenho de Luz: Jorge Rosado
Olhares Externos: Miguel Moreira, Xandro Alvarez, Maria Inês Roque
Produção e Difusão: Hugo Cabral Mendes
Gestão Administrativa: Teatro Levantado a 2 - Associação Cultural
Coprodução: Teatro Cine Torres Vedras
Apoio à residência: Estúdios Victor Córdon, A Bela Associação- Belalab
Espaço de Acolhimento: Festival Cumplicidades-Largo das Residências, Instituto da Vinha e do Vinho

Fonte: https://www.cm-tvedras.pt/agenda/detalhes/146631
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