CICLO COMTRADIÇÕES
21 de abril . 21h00
Os Três Tristes Tigres nasceram nos idos de 1990, à volta de um gravador de cassetes rasca. Ana Deus, vinda dos BAN, e Regina Guimarães fabricavam informalmente colagens e canções antes da formação que dará origem ao primeiro CD. Os primeiros concertos, no bar Aniki-Bobó (Ana Deus e Paula Sousa ao vivo, Regina Guimarães ao morto) assemelhavam-se a um cabaret pop, entre o poético e
o corrosivo. “Partes Sensíveis”, de 1993, será o rasto da primeira configuração dos TTT.Aprofunda-se então a colaboração entre Ana Deus e Alexandre Soares, um ex-GNR que entretanto se juntara à banda como músico convidado. Com a alteração do som dessa aventura artística nascerão dois CDs de originais – “Guia Espiritual” (1996) e “Comum” (1998) – e uma compilação, “Visita de Estudo”, que contém revisitações, algumas distanciadas, de composições anteriores. Além das digressões ligadas à divulgação dos discos, o pequeno planeta TTT produziu objetos de formatos variados, nomeadamente o concerto “Ferida Consentida” (1999, em torno do livro “Um beijo dado mais tarde”, de Maria Gabriela Llansol), canções para filmes de Saguenail e de João Canijo.O grupo reune-se novamente em 2017, a convite do Teatro Rivoli, no Porto, para tocar o álbum “Guia Espiritual”, que em 1996, juntamente com o prémio Melhor Grupo Nacional para os TTT, foi considerado Disco do Ano nos prémios do então Jornal Blitz.Juntando-lhe temas do álbum que se seguiu em 1998, “Comum”, e com arranjos que aproximam a sua interpretação à visão atual dos músicos, têm tocado regularmente enquanto preparam um novo disco a sair no primeiro trimeste de 2020.Ana Deus e Alexandre Soares mantêm também, até hoje, uma relação de trabalho com projetos ligados ao Cinema, Teatro e Dança, e no coletivo “Osso Vaidoso”, com dois álbuns editados em 2011 e fim de 2016, com uma forte componente ligada à poesia e a instrumentação minimal, no essencial baseada em trabalho de guitarra e eletrónica.E eis que eles cumprem e regressam com um álbum intemporal onde as guitarras de Alexandre Soares navegam entre a vertente mais crua, elétrica e acústica espacial; a voz de Ana Deus transporta, de forma livre, os poemas adaptados de William Blake e Langston Hughes, os poemas originais de Regina Guimarães e de Luca Argel para as partes sensíveis, as minorias e as coisas que sussurram. Um disco de rock mais rugido e delirante, contaminado com circuitos eletrónicos, e outros temas mais ambientais e lentos.
BILHETES: 10 € . Bilheteira Online
SINOPSE: Digressão dos Três Tristes Tigres, com Ana Deus (voz), Alexandre Soares (guitarras/eletrónica), Miguel Ferreira (teclados/prog.), Fred Ferreira (percussão e sampler), Rui Martelo (baixo) e Eleonor Picas (harpa e artista convidada)
Fonte: https://www.forumluisatodi.pt/espetaculo/tres-tristes-tigres/