Nos 50 anos do 25 de abril, juntamo-nos à celebração da democracia com uma criação que evoca este enredo coletivo através da vida de um casal: homem e mulher atravessam a revolução e soçobram-lhe, numa constante sensação de procura. A partir de textos de Natália Correia e testemunhos do General Amadeu Garcia dos Santos.
A força dos opostos na sua máxima tensão — foi isso que se jogou naqueles anos de revolução após o 25 de Abril de 1974. Um máximo de opostos entre as idades antigas do mundo e uma outra nova idade que, se adivinha, chegará. A via de acesso a este enredo coletivo é plasmada na vida de um casal: homem e mulher como símbolos desse sentimento trágico que nos varreu e empurrou naqueles anos. Uma peça de teatro com um casal que atravessa o tempo de uma revolução e lhe soçobra mantendo-se, através dos fios das suas vidas, a exaltação dessa procura, dessa insaciável busca do Sol Oculto que nos falta experimentar. Vivemos tempos de vertigens. Temos experimentado de tudo e todas as ideologias nos assombram esgotadas. Estamos a repetir-nos insanamente. Há uma rejeição quase total de todas as fórmulas e ilusões do passado que nos mantém de pé e descrentes. O que é que nos falta experimentar?
Texto, direção e espaço cénico: João Garcia Miguel
Intérpretes: Catarina Wallenstein e Pedro Lacerda
Assistência de encenação: Gustavo Antunes
Figurinos: Rute Osório de Castro
Investigador Associado: Paulo Barriga
Co-produção: A Companhia – João Garcia Miguel, Teatro de Vila Real, Junta de Freguesia do Lumiar, TAGV, Câmara Municipal de Almada, Teatro José Lúcio da Silva
Apoio: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes e Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril
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