António Carneiro foi um dos pintores mais singulares no ambiente artístico do Porto do início do século XX. Os últimos anos da sua vida foram assinalados por acontecimentos determinantes para a sua obra, nomeadamente a morte da sua filha Maria e a inauguração do seu ateliê, em 1925.
Ao longo do ano de 1926, uma série de cartas enviadas por António Carneiro para o seu amigo Joaquim Freitas Gonçalves revelam a espiritualidade que desde jovem o caracterizou e que se acentuou após a morte de Maria. Estes textos, associados a um conjunto de fotografias realizadas pelo pintor na mesma altura, permitem-nos desvendar as vivências, reflexões e momentos de inspiração que partilharam, e a cumplicidade intensa que esteve presente na realização de uma das obras mais celebradas do artista, «Camões lendo os Lusíadas aos frades de São Domingos».
Explorando o diálogo que estabelecem entre palavra e imagem, a apresentação deste conjunto de documentos pretende oferecer um olhar privilegiado sobre o processo criativo de António Carneiro, onde a amizade e a arte se entrelaçaram intimamente.
INSCRIÇÕES
Participação gratuita, mediante inscrição através do formulário. Limitado a 70 participantes
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.