Chegados à 13ª sessão, convidamos duas das figuras mais activas no panorama da música improvisada nacional para uma noite única no Desterro. Ricardo Jacinto e Carlos Godinho juntam-se sob os desígnios da Combustão Lenta para duas actuações a solo, seguidas de um concerto em conjunto. No final, os discos de Paulo Vicente dão continuidade à noite. Ricardo Jacinto A atravessar um período particularmente activo - além das aparições a solo e em conjuntos ad-hoc um pouco por toda a Europa, faz parte do trio Harmonies com Joana Gama e Luís Fernandes, integra a mais recente formação de Norberto Lobo actualmente em residência na ZDB, juntamente com Marco Franco, e tem também acompanhado os portuenses @c em palco - Ricardo Jacinto chega ao Desterro num verdadeiro pico de forma. Servindo-se de um sistema de amplificação sonora distribuído por diferentes pontos do violoncelo, Ricardo Jacinto explora a possibilidade da fragmentação sónica dos seus gestos e do corpo do instrumento. No decorrer das improvisações, a imersão nas subtis cambiantes timbricas do violoncelo é articulada com a auscultação do espaço acustico e da paisagem sonora circundante, num processo que se assemelha a um mapeamento sonoro da performance musical num momento e lugar especificos. Carlos Godinho Explorador incansável de fontes sonoras de toda a espécie, Carlos Godinho tem-se afirmado como timoneiro do ritmo ao serviço de bandas como Zarabatana ou Mandíbulas. Mas é através dos Quem (duo que partilha com João Alegria Pécurto), da Variable Geometry Orchestra, dos Bande à Parte ou das suas raras - mas preciosas - prestações a solo que tem procurado abordar outras linguagens e estéticas, nomeadamente as que estão próximas da música ambiental e exploratória, da electro-acústica, sempre alicerçados na improvisação livre - um registo que o tem levado a participar em vários concertos e lançamentos com o selo da Creative Sources. É sob o signo da liberdade que regressa ao Desterro após demasiado tempo de ausência, com a promessa de nos mesmerizar e levar pela mão até ao centro do seu universo. Paulo Vicente: o Paulo Vicente (aka Claxon) encontra-se familiarizado com a música electrónica de carácter ambiental desde 1996. Actuou em vários festivais, edições 2006, 2010 e 2016 do Boom Festival, 2º e 3º edições do Festival Sinergia, e também fora de portas, nomeadamente em Berna e no Le Camp Festival em Thun. Hoje em dia dedica-se à produção e colaboração musical com a editoraWomblabel e vários artistas, incluindo o colectivo Desterronics. Além disto é um melómano antigo e sempre atento ao panorama jazzistico, influenciado pelo seu Pai que era um dos maiores coleccionadores deste género musical no Norte do país. Vão-se escutar também alguns LP´s dessa magnifica colecção. Contribuições obrigatórias a partir de 3 darcs que revertem a favor dos músicos. A entrada no DARC é exclusiva a sócios. Os não-sócios terão que pagar a quota anual, que corresponde a 3 darcs.
