Domingo durante a tarde, temos o prazer de receber a presença de Luzia Titán, presidente da Fundación EoMaia (http://fundacioneomaia.org), com intuito de compartilhar a sua grande experiência de acompanhar mulheres na gravidez, no parto e pós-parto. A abordagem é sobre o parto natural, desde distintas dimensões, desmistificando velhos conceitos. Em seguimento, para uma pequena introdução sobre o tema parto na água, convidamos a doula, em formação, Joana Martins do coletivo Mães D'Água. Apelamos a todas as mulheres a virem partilhar e trocar experiências, conhecimentos, e acima de tudo aproveitar a vinda graciosa da Luzía. Como também, são bem-vindos homens e famílias que queiram usufruir deste conhecimento pró-activo à mudança. Data: 12 de Março Horário: 15h Local: Braga, Velha-a-Branca - Estaleiro Cultural :::: Largo da Senhora a Branca nº 23 :::: Para gerir da melhor forma o evento, agradecemos inscrição por mail, campoemtransicao@gmail.com Entrada livre. ::: :::::::::::::::::::::: ::: A gravidez e o parto são algo mais do que acontecimentos físicos. Mais do que ficar nove meses à espera, a maternidade pode ser um momento de auto crescimento bastante forte na vida da mulher. É um presente que nos oferece a Natureza e uma oportunidade para viver um grande desenvolvimento espiritual. É a forma como todas e todos chegamos à vida na Terra com os seus efeitos em nós. Este processo para a humanidade sempre foi instintivo e natural, tornou-se há algumas décadas numa situação carregada de medos, onde a ciência moderna interfere mecanicamente ao hospitalizar o nascimento, e querer enquadrar e mecanizar num formato único às mulheres o momento do parto. Retirar a mulher da sua “dor” e “acelerar” o parto através de medicações e de manobras técnicas, ou cirúrgicas é uma tarefa que a medicina obstétrica tem vindo a desempenhar, num ambiente hospitalar, frio e impessoal. Hoje em dia, tristemente impera uma visão do parto patológica, intervencionista e hierárquica, na qual as mulheres duvidam ou se esquecem da sua capacidade para parir naturalmente, seja por medo ou comodidade, delegam no outro a responsabilidade do seu parto, permitindo que o seu direito a opinar, a solicitar, a cumprir as suas necessidades seja abolido. A gravidez e o parto passaram a ser considerados como condições perigosas, colocam numa situação de risco a vida da mulher e do seu bebé, não nato. Assim, esta arriscada situação foi entregue ao médico, que subido num pedestal, toma o momento do parto como seu, arrebatando assim à mulher a possibilidade de ser ela a protagonista do evento da sua vida, que é tão importante para ela, como para a sua família, com o argumento de reduzir perigos existentes, em tempos modernos! Mas se as mulheres, assim como as fêmeas de outras espécies, pariram durante milénios, e somos o resultado de uma perpetuação da espécie humana, como é que a sociedade moderna considera o parto e a gravidez como uma patologia, e à mulher como incapaz de levar a cabo este processo fisiológico? Acreditamos que o empoderamento da mulher passa pela possibilidade de experimentar uma gravidez e um parto natural, recuperando assim a confiança e o protagonismo neste acto mágico, e vivenciando o nascimento de uma forma activa, participativa e inteira. Não confundindo a assistência médica necessária em casos de complicações com a medicação sistemática do parto. ::: ::::::::::::::::: ::: Organização: Três Mulheres do Minho