Um encontro de palavras. As nossas, as suas! Uma encenação poética. Uma degustação de letras... E temos todo o prazer em recebe-lo nesta noite entre amigos. Estamos à sua espera! Joaquim Maria Pessoa, nascido no Barreiro no dia 22 de Fevereiro de 1948, é um poeta que começou por estudar na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e que se formou na área do Marketing e Publicidade. É também conhecido como artista plástico (pintor) e estudioso de arte pré-histórica. Foi co-autor de programas de televisão bem conhecidos de todos, dos quais são exemplo: «Rua Sésamo», «1000 imagens», «45 anos de publicidade em Portugal», etc. Foi professor da cadeira de Publicidade no Instituo de Marketing e Publicidade, em Lisboa, e professor no Instituto Dom Afonso III, em Loulé. Com Ary dos Santos, Fernando Tordo, Carlos Mendes, Paulo de Carvalho e Luiz Villas-Boas, entre outros, fundou a cooperativa artística Toma Lá Disco. Em 1983, foi um dos organizadores do I Encontro Peninsular de Poesia onde estiveram os nomes maiores da poesia ibérica. Foi director literário da Litexa Editora, director do jornal «Poetas & Trovadores», colaborador das revistas «Sílex» e «Vértice» e do jornal «A Bola». De 1988 a 1994, desempenhou o cargo de director da Sociedade Portuguesa de Autores. A sua poesia é presença constante nos encontros de poesia, sejam eles nacionais, internacionais, com envolvimento de nomes mediáticos, nos mais humildes espaços — como associações de pais (o caso da Associação de Pais da Senhora da Hora [2] — ou galerias de arte (Galeria Vieira Portuense, no Porto [3]). Eu mesma não resisti a dizer alguns poemas seus nesses espaços. A sua obra faz parte de numerosas antologias colectivas em Portugal e no estrangeiro e alguns dos seus títulos já se encontram traduzidos para várias línguas. Podemos encontrar alguns textos seus em vários livros de ensino de língua e literatura portuguesa. Recebeu vários prémios pela sua poesia: o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores e da Secretaria de Estado da Cultura, o Prémio de Literatura António Nobre e o Prémio Cidade de Almada. Compositores e vozes conhecidas do panorama musical português deram a conhecer ao grande publico os seus poemas e, segundo disse David Mourão-Ferreira Joaquim Pessoa, teve «um papel muito importante no movimento renovador da canção portuguesa» [4]. Quem não conhece «Amélia dos olhos doces» na voz de Carlos Mendes, «Cantiga de Maio» por Carlos do Carmo, «Mar português» por Jorge Palma, «Gaivota Portuguesa» por Manuel Freire — todos cantores de «outra geração» — ou, ainda, nas vozes mais jovens de Kátia Guerreiro «Talvez não saibas» e, na de Lúcia Moniz, «Canção de Amor do Marinheiro»? Sendo o poeta conhecido que é, em forma de reconhecimento, o seu nome foi atribuído a ruas nos concelhos da Moita e de Palmela. Foi no suplemento literário do jornal diário de Lisboa, «O Juvenil», que iniciou a sua carreira, embora se saiba que começou a escrever antes. Muito antes. O «Pássaro no espelho», em 1975, foi o seu primeiro livro publicado. Nunca mais parou. Possui uma vastíssima obra, a qual, dada a sua extensão, seria fastidiosa de mencionar na sua totalidade. Refiro que os poemas se encontram em várias antologias e a sua «Obra Poética», em 7 volumes, começou a ser editada em 2001. NOTA : a imagem usada na capa deste evento pode estar sujeita a direitos de autor. Fontes: texto : https://ruadaconstituicao.wordpress.com/2016/12/14/joaquim-pessoa-poesia-que-palpa-o-mundo/