15:30 até às 18:00
La Lys 1917-1918

La Lys 1917-1918

Contribuir para preencher o vazio da historiografia acerca de intervenção de Portugal na Grande Guerra, assim como possibilitar uma reinterpretação do que se passou na batalha de La Lys em abril de 1918 é o grande objetivo da obra que no próximo dia 28 de outubro, pelas 15h30, é apresentada no Museu de Lamego. “La Lys 1917-1918” traz a público as divisões da instituição militar portuguesa, a partir da célebre batalha em que David Magno tem um desempenho extraordinário, mas onde acaba por ser oficialmente acusado de cobardia.

Ao longo de mais de 450 páginas, o autor, Miguel Nunes Ramalho, propõe-se, a partir da análise da produção historiográfica e das fontes documentais, produzir novas reflexões e perspectivas, assim como chegar a novas conclusões no que diz respeito à forma como a decisão política de forçar a entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial conduziu a clivagens e fraturas. Como caso de estudo apresenta a batalha de La Lys, mais exatamente o dia 9 de abril de 1918, no seio do batalhão de infantaria 13 de Vila Real, onde os protagonistas foram o 2º comandante major Gustavo de Andrade Pissarra, o capitão Bento Esteves Roma e o capitão David Magno.

Toda a obra converge para a desconstrução de mitos, numa abordagem que tem no antes, no durante e no depois da batalha La Lys um caso exemplar das divisões entre militares e onde a ação de David Magno, tido como um líder nato, serve de mote para toda a investigação.

David Magno nasceu em Lamego a 17 de agosto de 1877, onde viria a falecer a 30 de setembro de 1957. Militar de carreira, começou por se distinguir em Angola, combatendo depois em França durante a Primeira Guerra Mundial. Chegou a receber a cruz de guerra e a cruz de Cristo com palma, mas a sua ação no Corpo Expedicionário Português não foi consensual, acabando por ser julgado pelas acusações de que foi vítima, tendo sido absolvido e visto confirmados os seus serviços como relevantes. Na sequência da revolta de 3 de fevereiro de 1927 foi deportado para o Sul de Angola. Reabilitado foi promovido a major em março de 1932 e optou por passar à reserva. Paralelamente à carreira militar deixou diversas obras, tendo ainda sido membro da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, da Revista Militar e da Comissão de História Militar.

A apresentação pública de “La Lys 1917-1918. Capitães Bento Roma e Davis Magno. Mito e Realidade. As Divisões na Instituição Militar Portuguesa”, a cargo de Coronel Nuno Lemos Pires e Dr. Joaquim Melo, será ainda acompanhada de um concerto de piano por Joana Barradas e pelo Coral da Universidade Sénior Jerónimo Cardoso.

Sobre o autor | Miguel Nunes Ramalho

Miguel Nunes Ramalho nasceu em Magueija, concelho de Lamego, em 1946. É licenciado e mestre em História Contemporânea pela Faculdade de Letras de Lisboa. É doutorado em História, Defesa e Relações Internacionais, numa parceria da Academia Militar e do ISCTE/IUL.

Exerceu atividade docente na Escola Secundária Rainha Dona Leonor em Lisboa e na Escola Prática da Guarda Nacional Republicana em Queluz.

Além de textos publicados em parceria com outros autores em livros e revistas, é também autor de diversas obras.

Em 1994 participou como observador da União Europeia nas primeiras eleições livres e multirraciais na África do Sul e como observador das Nações Uniddas nas primeiras eleições livres e multipartidárias em Moçambique. Entre novembro de 1997 e dezembro de 2000 desempenhou missão de supervisor da OSCE nos processos eleitorias na Bósnia-Herzegovina.
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