FUGLY | Sunflowers | Moon Preachers | 4 de Maio | Sabotage Club | 10€ Em Abril de 2013 José Maria Sousa, Ana Paula Flores e Carlos Costa, decidiram contornar as dificuldades da queda do mercado discográfico realizando um sonho - o da abertura de um club de música ao vivo, equipado com um excelente PA, onde artistas nacionais e internacionais pudessem ter as melhores condições para apresentar ao público a sua música. A vontade de continuar a ser parte activa na divulgação de novos projectos, levou à criação do Sabotage Club, um club que veio preencher uma lacuna em Lisboa: a da não existência de um espaço com uma programação semanal e regular de musica ao vivo, no espirito dos míticos Rock Rendez-Vous, Johnny Guitar, Hacienda, Max´s Kansas City e CGBG, há até quem diga “Quando se quer ter uma experiência a la New York, vai-se ao Sabotage” – Victor Rua. Com uma programação centrada em bandas emergentes do panorama nacional e internacional, o Sabotage Club faz parte da rota das digressões de inúmeras bandas, que contam com esta sala para apresentação dos seus trabalhos em Lisboa. FUGLY Dois anos depois do primeiro EP Morning After, após muito sangue, suor e lágrimas, os FUGLY seguem o seu percurso em busca do caos e da excentricidade frenética do noise e do garage, bem como a cura para a ressaca, com o novo Millennial Shit, a ser lançado pela editora independente O Cão da Garagem. Os millennials são a Geração Y, os jovens nascidos entre os anos 80 e os anos 90, época que culminou na maior taxa de nascimentos per capita. São a voz do emprego precário, dos estágios intermináveis, da abstenção política, dos direitos dos animais, do vegetarianismo, da erradicação dos estigmas populares, da preguiça, do aborrecimento, da legalização da marijuana, dos smartphones, da falta de emoção e capacidades sociais, da depressão antecipada, do controlo hormonal e do capitalismo forçado. Com este mote, o álbum gira à volta do romance jovem, das noites loucas e espalhafatosas em que tudo de mau e bom acontece. O arrependimento causado por um dia seguinte cheio de perguntas sem resposta e todo o existencialismo associado. O álbum, completamente produzido e gravado pela banda no Adega Studios, arranca a todo o gás com Hit the Wall, Ciao (You’re Dead), Millennial Shit, Take You Home Tonight e Yey. Todas elas com um registo harmónico e melódico muito simples, directo ao assunto. Músicas rápidas, com pouco tempo e que em poucos versos, introduzem a história: a decadência emocional de quem acabou de ficar sozinho, perdido no meio de copos e tal, em que nem os amigos conseguem fazer nada para mudar, apenas uma epifania causada por muito desgaste psicológico. É em Delirium que temos esse ponto de viragem, o momento de reflexão. Rooftop, Inside My Head e The Sun, dão esperança à personagem de poder mudar tudo, de começar de novo e perceber a lição que foi aprendida. Vemos aqui também um registo mais apurado, fugindo um pouco à estética punk e dando-nos uma espécie de viagem ao centro do Ser. As letras são mais expressionistas e mais densas. Finalizando com uma surpresa no disco, uma música sem nome, XXXXX, FUGLY homenageam o fechar de um ciclo e o recomeço de outro que estará para vir. http://fuglyfuglyfugly.bandcamp.com/releases __ Sunflowers Desde 2014, e urdindo do Porto, que os Sunflowers andam a deixar o panorama musical português agitado. Talvez seja porque o que sai do sistema de som não parece relacionado com o nome da banda. Talvez seja pela sua ética de trabalho inigualável e inquietante. Talvez? Em mais de 200 concertos, partilharam palco com bandas como Oh Sees, Moon Duo, Black Lips, Boogarins, La Femme, e tocaram em sitios como Festival Indigènes (FR), Endless Daze Fest (SA), Inner City Psych Fest (SA), Bristol Psych Fest (UK), Festival Europavox (FR) entre muitos outros. Em 2018, a banda apresenta o seu segundo álbum de longa duração “Castle Spell”, lançado em Fevereiro em vinil duplo e CD pelas editoras Stolen Body Records (UK) e Only Lovers Records (FR), e em cassete pel’O Cão da Garagem. Durante o primeiro semestre do ano focaram a sua atenção em Portugal e embarcaram na tour "Sunflowers e a conquista do castelo até ao Verão" que teve como conceito preencher todos os fins de semana entre o lançamento do disco e o dia 21 de Junho, início do Verão. A mesma resultou em 40 concertos pelo país fora (incluindo um salto a Espanha). Em Setembro aventuraram-se pela Europa naquela que foi a sua mais extensa tour até à data, marcada com a ajuda da agência internacional Basement Bookings. No espaço de 2 meses da tour “Sunflowers ’18” a banda tocou 44 concertos em 17 países diferentes, desde a Suécia até aos Balcãs. Preparam agora o seu próximo registo mas nem por isso decidem parar de fazer aquilo a que nos habituaram - tocar em todo o lado que os queiram. Simplesmente estão a conspirar a próxima destruição sónica - andaram a estudar o norte, o sul, o este e o oeste deste grande globo combatendo contra a ganância dos promotores duvidosos e a embriaguez dos decadentes ouvintes de música ao vivo. No seu espírito de ignorar-tudo-o-que-lhes-foi-dito-parao-seu-bem, a banda mostra-se inquietante nos concertos ao vivo, entregando uma performance que tem tanto de block party psicadélica como de sessão de esfaqueamento sonoro. E pedem ao público para partilhar a sua energia, para a propagar mais longe do que as colunas de um PA com uma coluna furada o consegue fazer. Para deixar que a sua energia faça aquilo que foi concebida para fazer: quebrar com as correntes simbólicas que nos prendem as nossas mãos, distraindo-nos com ecrãs, anúncios e vídeos de cães. Haverá alguém que irá tentar manipular, censurar e controlar as ondas sonoras para que estas fiquem salvas do ataque sónico iminente da banda. Mas não conseguirão baixar o volume dos seus rugidos e muito menos o volume dos seus amplificadores. Isto é uma banda que sacrificou os seus ouvidos para que pudéssemos estudar de perto o tão bonito efeito Larsen. Está na altura de sacrificar os vossos. https://thesunflowersmusic.bandcamp.com/ __ Moon Preachers Os Moon Preachers são um duo. Tocam garage rock, punk rock, psicadélico, tocam o caos. Tocam a vida de dois miúdos de 19 anos. De frente para o mundo, lançam em Março de 2018 o seu primeiro disco, “A Free Spirit Death”, documento que retrata uma vida adolescente paranóica, confusa e fugaz. Não tendo nada a perder, apresentam desde honestos hinos à loucura (The Beast/Shake My Head) a tratados punk das periferias (High Street). Desde o rock tribal desassossegado de “Death Hallway" ao balancé de “Walking and Trembling”. Desde canções barulhentas que dizem que é tempo de mudar (Ghost on the Hill) a instrumentais frenéticos que acompanham o teu pensar (Confusion Beat). Depois de estoirarem diversos palcos pelo país inteiro, preparam-se agora para estoirar o restante. E o mundo. http://moonpreachers.bandcamp.com/ DJ's: Deus do Psicadélico + Johnny Chase + Tiago Castro + El Fuser + Nuno Rabino Os bilhetes vão ter um custo de 10€ por dia e 25€ para quem queira vir aos 3 dias.