RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS | VERÃO 2019 MOSTRA INFORMAL 30 Agosto | 18H30 ENTRADA LIVRE \\ PROJECTO De bOca Cheia Julia Salem \\ SINOPSE A construção e desconstrução de uma gestualidade social e pessoal por parte das intérpretes se dá através do uso de texto, voz e gesto em um desenvolvimento sonoro coreográfico. O ovo na boca contém implícita uma crítica a alguns modos de comunicação, nomeadamente às mensagens "ocas", vazias, ditas para não serem compreendidas; ao falar de boca cheia. Trata-se de, através do falhanço de uma uma comunicação, revelar as multivalências de gestualidades normatizadas ampliando, a partir das limitações, novas possibilidades de comunicação através do corpo, do som e da fala. De bOca Cheia é uma célula de curta duração, onde quatro intérpretes com o ovo na boca comunicam em movimento, gestos e sons, a Declaração dos Direitos Humanos enquanto esta é projetada em audiovisual. Tanto o corpo, como a imagem sofrem, ao longo da construção dramatúrgica, a falha, o erro na sua comunicabilidade. Depois da exibição feita na Liminar #5 na Zaratan, surgiu o interesse das artistas em desenvolver essa célula em um espetáculo de dança/performance que pudesse abarcar o texto, a voz e o gesto em um desenvolvimento coreográfico. \\ FICHA TÉCNICA Concepção e direção: Julia Salem Criação e interpretação: Carolina Campos, Elizabete Francisca, Julia Salem e Manoela Rangel Criação de texto e colaboração dramatúrgica: Joana Levi \\ BIOGRAFIAS JULIA SALEM é graduada em Comunicação das Artes do Corpo na Pontifícia Universidade Católica PUC-SP (2005) com habilitação em dança e performance. Atualmente cursa mestrado em Comunicação e Artes na UNL-Universidade Nova de Lisboa. Dentre outras colaborações, destacam-se a com Rose Akras em Are you experience? e Aquilo que não se vê, Daniela Dini em Escamando , Gustavo Ciríaco em Onde o Horizonte se Move e João Fiadeiro em EXISTÊNCIAreprise. Fundadora e integrante do Núcleo de Garagem e do Coletivo entre 1 e 2, seus trabalhos autorais Travèssa e Instaura_ção foram apresentados no Brasil, Itália, Amsterdão e Portugal. Instaura_ação recebeu prêmio Novas Criações Site Specific-2014 do CCSP, Brasil. Em 2017 cursou a FIA no C.E.M em Lisboa. Desde meados de 2018, colabora com Ana Corrêa na concepção, criação e performance do espetáculo Procedimentos para Encontra-se, apoiado pela Fundação GDA |Apoio a Espetáculos de Teatro e Dança 2019, a estreiar em outubro deste mesmo ano no Polo Gaivotas- Lisboa. Integra como criadora e performer o trabalho de Gustavo Ciríaco Entre cães e Lobos juntamente com Daniel Pizamiglio, que teve estréia em maio de 2019. ELIZABETE FRANCISCA é licenciada em Design Industrial (ESAD-CR), cursou Fórum Dança (PEPCC) e a Escola Superior de Dança de Lisboa. É bailarina, performer e actriz. Trabalhou com Vera Mantero, Loic Touzé, Tânia Carvalho, Mariana Tengner Barros, Mark Tompkins, Meg Stuart e Ana Borralho & João Galante; no teatro com Rita Natálio e Tonan Quito. É co-autora dos duetos criados em colaboração com Teresa Silva "Leva a mão que eu levo o braço" (2010); "Um Espanto Não Se Espera" (2011), e o solo "TSUNAMISMO, recital para duas cordas em M" (2013) com estreia na Culturgest, Lisboa. CAROLINA CAMPOS, é brasileira e vive em Lisboa desde 2013. Licenciada em Comunicação e pós graduada em Fotografia. Atualmente cursa o Programa de Estudos Independentes do MACBA em Barcelona. Começou a trabalhar com dança em 1998 na Cia Municipal de Caxias do Sul (Brasil). Mudou-se para o Rio de Janeiro em 2007 onde foi bailarina da Lia Rodrigues Cia de Danças até 2011. Tem especial interesse em estar à volta de diferentes modos de colaboração e investigar a relação entre os processos de criação e os objetos artísticos. Neste sentido tem colaborado e desenvolvido experiências com diversos artistas dos quais destaca Márcia Lança (PT) com quem divide a autoria de NOME e Coletivo Qualquer (ES/BR) com quem criou PRAIA. Seus trabalhos têm sido apresentados em Portugal, Espanha, Brasil e Argentina. Além de suas criações também trabalha como assistente e ensaiadora de Vera Mantero (PT), como intérprete de Sónia Baptista (PT) e no acompanhamento dramatúrgico e olhar externo de Calixto Neto (BR/FR), Ivan Haidar (AR), Adaline Anobile (CH/BE) e Julian Pacómio/ Angela Milano (ES/ País Vasco) e Volmir Cordeiro (BR/FR). Desde 2012 colabora intensamente com João Fiadeiro (PT) na formação e investigação a partir da Composição em Tempo Real e na criação coreográfica, tendo orientado workshops em diferentes países como França, Portugal, Espanha, Itália, Brasil, e Argentina. É co-criadora e intérprete das peças do coreógrafo O QUE FAZER DAQUI PARA TRÁS, FROM AFAR IT WAS AN ISLAND e DE PERTO UMA PEDRA. Em 2020 estreará a peça ÇA VA EXPLOSER no Teatro do Bairro Alto em colaboração com João Fiadeiro. MANOELA RANGEL (1981, Rio de Janeiro) é graduada em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Santa Catarina – UDESC (2005). É atriz de formação, acrobata aérea no circo e artista da dança e da performance. Vem pesquisando a mestiçagem dessas linguagens desde 2002. Seu trabalho autoral mais recente é um show performance musical que foi ao festival Fusion no verão de 2019 na Alemanha. Em 2017 Manoela é contemplada com o prêmio de dança do festival da Cultura Inglesa com o projeto This os Our Last Dance. Além da concepção faz a direção e performance. Em 2016 coreografa e performa o show queer Shanawaara World Tour. Após a primeira apresentação na Virada Cultural Paulista deste ano, o show embarca para a Alemanha, como integrante da programação do Projeto Brasil apresentando-se em Hamburgo, Dresden, Dusseldorf e Frankfurt. Em 2017, Shanawaara retorna a Dresden, na Alemanha, para uma residência artística no Hellerau. Segue em temporada por Berlin, Lisboa e Porto de junho a setembro. Em 2015 é contemplada pelo edital paulista ProAC de número circense, que resulta no solo Fudiva, um ato-retrato, dirigido por Ricardo Rodrigues. Neste projeto desenvolve seu próprio aparelho aéreo, texto, dramaturgia e dança, com trilha sonora original de Dudu Tsuda. Entre 2013 e 2016 Manoela faz parte do corpo de performance da banda O Teatro Mágico, onde integra sua pesquisa nas linguagens do teatro, da dança, do circo e da performance. O projeto tem direção artística de Martha Kiss Perrone. ================================== \\ SOBRE O PROGRAMA DE RESIDÊNCIAS Um dos objectivos do Forum Dança é o apoio a residências de acordo com linhas programáticas enquadradas pela sua direcção artística. Dirigido a artistas emergentes, o Programa de Residências inclui-se nas acções do projecto Núcleo Curadoria e Performance proporcionando um período de experimentação e de investigação pela acção, articulando a criação com a transmissão à comunidade artística. A presente edição do programa (2019) apoia 2 projectos de criação na área da dança ou performance. O Programa oferece estúdio de ensaios, acompanhamento das apresentações informais públicas e uma bolsa de apoio no valor de 250€. Período de Residência: De 19 a 30 de Agosto, com mostra informal a 30 de Agosto, às 18h30. \\ PROJECTOS APOIADOS 2019 what if I could dance, what if we could dance \ João Estevens, Associação Cultural Rabbit Hole De bOca Cheia \ Julia Salem \\ MAIS INFORMAÇÕES FORUM DANÇA Espaço da Penha Travessa do Calado 26-B, 1170-070 Lisboa Tel. 213 428 985 Tlmv. 925 103 596 www.forumdanca.um.pt/site/nucleo/index.html