Num local indefinido, um salão com duas janelas e várias portas, rodeado de água, portanto isolado do mundo e num entardecer simbólico que nos faz evocar a morte que se aproxima, um casal de velhos sem idade, mas segundo o autor com mais de 90 anos, para ocuparem o tempo, todas as noites sem excepção, imitam os meses e evocam vagamente uma viagem a Paris, que “desabou há quatrocentos mil anos…”. Na noite da acção há, no entanto, uma mudança: instigado pela Velha, o Velho decide-se a comunicar à Humanidade a sua mensagem. Para isso, contratou um Orador e os convidados vão chegando, mas não são vistos pelo público, vão ocupando cadeiras, que a Velha vai trazendo, e o espectador identifica pela construção dos diálogos que os dois vão tendo com eles. O discurso do Velho vai mudando claramente de tom, passa a ser pessoal, secundado pela mulher como um eco, exprimindo um desabafo sobre a injustiça da sua condição.
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