10:00 até às 12:30
O século do Ouro em Lisboa

O século do Ouro em Lisboa

25€
O SÉCULO DO OURO EM LISBOA 
(2a edição). 
18 outubro 2020

João V foi o 24º rei de Portugal e o seu reinado, que durou de 1707 até à sua morte em 1750 – um dos mais longos da História portuguesa –, foi caracterizado por uma política de neutralidade em relação aos conflitos europeus, tendo-se o rei empenhado fortemente na defesa dos interesses portugueses no comércio ultramarino. Devido às grandes obras que promoveu no campo da arte, da literatura e da ciência, ficou conhecido por "o Magnânimo". No seu reinado desenvolveram-se as artes menores (talha, azulejo e ourivesaria) e as artes maiores através da vinda de Itália de vários arquitectos, pintores e escultores para trabalhar em Lisboa e no Palácio-Convento de Mafra. 

O brilhantismo destas realizações só foi possível devido à riqueza proveniente das minas de ouro brasileiras então descobertas. O ouro e os diamantes irão ter o mesmo papel que as especiarias de Quinhentos na vida portuguesa, assistindo-se ao declínio das indústrias, com excepção das que produziam bens sumptuários e ao escoamento das riquezas para outras nações, nomeadamente para Inglaterra. O que é que sobrevive então desse tempo em Lisboa que esteja relacionado com a importação do ouro brasileiro ou em que é que este foi aplicado que ainda hoje possamos ver?

 Onde podemos observar melhor a riqueza sumptuária que caracterizou a época de D. João V é nos interiores das igrejas e conventos patrocinadas pelo monarca, uma vez que o antigo Paço Real da Ribeira e a sua célebre capela palatina foram demolidos depois do Terramoto. Em especial as chamadas igrejas de ouro e azul, onde à riqueza dos altares em talha dourada e embutidos de mármore, se associava o brilho esmaltino dos azuis dos azulejos, como na igreja de S. Roque, na dos Paulistas ou na Madre de Deus. 

Nas duas primeiras que integram esta visita, podemos assistir à transformação da arquitectura do classicismo para o Barroco durante o período pré e pós descoberta do ouro brasileiro. Nas artes decorativas e no artesanato, o período áureo do séc. XVIII sobrevive também na ourivesaria tradicional, nomeadamente na filigrana de ouro, que é uma arte muito característica da joalharia portuguesa e na cunhagem de moedas de ouro, pois D. João V deixou para a posteridade uma série monetária extraordinária neste metal, que é actualmente considerada a mais importante do mundo. 

Vamos poder conhecer ao pormenor exemplares destas manifestações artísticas em dois notáveis museus que completam a nossa visita: o Museu da Filigrana e o Museu do Dinheiro, do Banco de Portugal.

Ricardo Lucas Branco:

Doutorando em História da Arte Moderna pela Universidade Nova de Lisboa, Mestre em História da Arte e Licenciado em Conservação e Restauro pela mesma instituição. Desde 1997, que trabalha em ambas as áreas para entidades como o IPPAR, Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais e Câmara Municipal de Lisboa, onde foi co-responsável pela execução do programa de restauro das Igrejas dos Bairros Históricos na Direcção Municipal de Reabilitação Urbana (2003-2006). Foi Coordenador da Licenciatura em Conservação e Restauro e docente do Mestrado de Reabilitação Urbana de Interiores da ESAD - Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva (2008-2018). Vem desenvolvendo trabalho como Consultor de Arquitectura em Reabilitação Urbana para diversas entidades públicas e privadas. É igualmente investigador do Instituto de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa e tem publicados vários artigos científicos e de divulgação na área do Património e História da Arquitectura.

Data: 18/10/2020
Ponto de encontro: Em frente à Igreja de S. Roque, às 9h
Duração: cerca de 2h30
Preço: 25 euros (programa limitado a 9 participantes)

O roteiro inclui a entrada nos seguintes locais: 
Igreja de São Roque
Igreja de Santa Catarina 
Museu do Dinheiro

Para fazer a sua reserva, envie por favor um sms para 914227099 com o seu nome, email e data da actividade em que pretende participar. Enviaremos todas as informações por email. 

Até breve!
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