10 fevereiro 2021 ~~ 18h A que custo? Artes e artistas de crise em crise com Bruno Monteiro, Brett Bloom, Kathrin Röggla e Keti Chukhrov entrada livre conversa aberta 80min aprox a conversa será em inglês No Zoom da Plataforma285: https://us02web.zoom.us/j/83987334459 ~~ A que custo? Artes e artistas de crise em crise ~~ De crise em crise, entre o apocalipse financeiro e a pandemia viral, enquanto os mercados se precipitam no abismo, a arte ascendia a investimento de inusitado charme. A arte tornava-se entretanto num «sistema de reserva para dinheiro obtuso, malvado e ganancioso», escreveu Hito Steyerl em 2016. O impulso globalizante que mega-galerias, leiloeiras, feiras e colecionadores trouxeram ao mundo da arte, mimetizou os padrões de expansão da economia neoliberal nas últimas décadas. Mecenas corporativos, redes sociais e precariedade laboral combinam-se para tornarem as artes cénicas postos avançados da ideologia que torna as pessoas em «empresas em nome individual», em todas as aceções da expressão. Arte e capitalismo tornam-se, de maneira mais ou menos consciente, mais ou menos irónica, parte integrante dos modos de vida quotidianos das pessoas. Pessoas cujos desejos e atos se ligam, afinal, a um consumo da arte vivido como usufruto de mercadorias. At what cost? Arts and artists from one crisis to another with Bruno Monteiro, Brett Bloom, Kathrin Röggla and Keti Chukhrov Free Entrance Open talk In english On plataforma285’s zoom room: https://us02web.zoom.us/j/83987334459 ~~ At what cost? Art and artists from one crisis to another ~~ From crisis to crisis, between the financial apocalypse and the viral pandemic, while markets plunge into the abyss, art turns out to be an investment of unusual charm. Art became in the meantime a «reserve system for dumb, mean, and greedy money», wrote Hito Steyerl in 2016. The globalizing impulse that mega-galleries, auction houses, fairs and collectors brought to the art world, mimicked the patterns of expansion neoliberal economy in recent decades. Corporate patrons, social networks and precarious work combine to make the performing arts outposts of the ideology that turns people into "individual companies", in all expressions. Art and capitalism become, more or less consciously, more or less ironically, an integral part of people's everyday life. People whose desires and actions are linked, after all, to a consumption of art experienced as the enjoyment of commodities.