A fotografia constituiu um elemento fundamental na história do colonialismo moderno português. Através dela documentaram-se sonhos e memórias, individuais e coletivos e, sem ela, a idealização e o conhecimento sobre territórios coloniais, seus recursos e populações teriam sido diferentes.
Estas imagens fotográficas, para além de terem alimentado a imaginação da dominação colonial, associando-se aos esforços da sua concretização, contribuíram também para uma visão do “outro” como essencialmente diferente – nos seus modos de vida, costumes e mentalidade. Serviram também para denunciar a iniquidade e a violência da colonização, acalentando aspirações de um futuro mais humano e igualitário – sonhos esses com diferentes matizes e orientações políticas.
Os seus usos no passado e os seus legados no presente foram e são vastos, heterogéneos e duradouros. Esta mostra, com coordenação de Miguel Bandeira Jerónimo e Joana Pontes, dá-nos um vislumbre dos contextos de produção e dos usos da fotografia, relacionando-os com alguns dos eventos e processos mais relevantes da história do império colonial português.
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