PALESTRA + DEBATE 'Dança Inclusiva: o caso ‘Dançando com a Diferença' Henrique Amoedo e convidados > 17 setembro I 10h30-12h30 | Palácio Gama Lobo Para profissionais da área e outros interessados Entrada gratuita, limitada Requer inscrição prévia: cinereservas@cm-loule.pt / 289 414 604 ------ E se fosse possível integrar pessoas com deficiência no mundo da dança, valorizando-as e dando corpo a espetáculos que circulam a nível nacional? A ideia surgiu na Ilha da Madeira, e deu corpo a um grupo: o Dançando com a Diferença. O projeto piloto arrancou em 2001 por iniciativa do atual Diretor Artístico, Henrique Amoedo. Passados 20 anos, esta associação e companhia de Dança inclusiva conseguiu instituir-se como uma importante referência nacional e internacional a nível do trabalho artístico, cultural e pedagógico junto das populações de jovens e adultos com deficiência e não só. Dia 17 de setembro, está convidad@ para assistir a uma palestra em que se explica como por vezes a imaginação se liga com o querer, e daí é um salto para o acontecer. Nesta palestra, que prevê momentos de interação com o público, Henrique Amoedo fará uma viagem ao percurso artístico, criativo e estrutural do que foi, do que é e quais os objetivos da associação que dirige, não deixando de fora um olhar crítico sobre si mesmo e o ambiente cultural/artístico circundante. Espera-se que o público e as suas experiências contribuam para a construção deste raciocínio. No final da palestra haverá um debate que junta profissionais que têm desenvolvido práticas e projetos relevantes no domínio da Inclusão pela Arte a nível do Algarve. O evento é direcionado para o público em geral e requer inscrição prévia através do email cinereservas@cm-loule.pt ou por telefone pelo 289 414 604. O debate será composto por quatro oradores, com a moderação da Diretora Municipal da Direção Municipal de Administração, Planeamento e Modernização Administrativa da Câmara Municipal de Loulé, Dr.ª Dália Paulo. BIOGRAFIAS Palestra 'Dança Inclusiva: o caso Dançando com a Diferença' ----- Henrique Amoedo Licenciado em Educação Física e Desporto (1994) e especialista em consciencialização corporal (1999), iniciou as suas funções no desenvolvimento de trabalhos artísticos com pessoas com deficiência com a criação da Roda Viva Cia. de Dança. Em 1997, ainda no Roda Viva, representou o Brasil no “I Festival Internacional de Dança em Cadeira de Rodas” (em Boston-USA), onde a companhia começaria a atrair a atenção internacional. É de notar que esta companhia foi a primeira a atingir a profissionalização de pessoas com deficiência no Brasil. Em 1999 ingressa no Mestrado em Performance Artística – Dança na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade (em Lisboa) onde começou a desenvolver, no âmbito académico, o conceito de Dança Inclusiva, propondo uma abordagem inovadora e agregadora sobre a participação de pessoas com e sem deficiência no panorama artístico e cultural global. Neste mesmo ano, envolveu-se como supervisor na criação de uma segunda companhia de Dança Inclusiva em Diadema (São Paulo), a Cia. Experimental – Grupo Mão na Roda. No ano de 2000 é convidado pela Direção Regional de Educação Especial e Reabilitação da Região Autónoma da Madeira para ministrar um conjunto de workshops de Dança Inclusiva que mais tarde daria lugar ao surgimento do Projeto Piloto Dançando com a Diferença e consequentemente, mais tarde, à criação da Associação homónima e independente. Em 2002, conclui e apresenta a sua dissertação de Mestrado laçando assim o conceito de Dança Inclusiva, utilizado hoje em Portugal, no Brasil, na Espanha e no Reino Unido. Como Diretor Artístico dos Dançando com a Diferença já esteve à frente de projetos em diferentes âmbitos, destacando-se a criação de Grotox (para a Casa da Música, Porto) e ENDLESS (um projeto europeu de aprendizagem ao longo da vida). A aproximação de importantes coreógrafos brasileiros e portugueses à realidade da deficiência, acontece através dos trabalhos de Amoedo. De entre diversos nomes das artes contemporâneas pode-se destacar da carreira deste Diretor Artístico e Coreógrafo trabalhos com Luis Arrieta, Henrique Rodovalho, Clara Andermatt, Rui Horta, Paulo Ribeiro, Rui Lopes Graça, Tânia Carvalho e mais recentemente La Ribot. ----- Ana Borges Ana Borges é licenciada pela Escola Superior de Dança de Lisboa e formada pelo Fórum Dança. É coreógrafa, performer e professora de dança. Das suas criações coreográficas, destacam-se no trabalho de inclusão pela arte, as peças “Pickles de chocolate” - inclusão pela dança com jovens em plano de inserção social, a convite da Uma Porta Amiga, “Pestanejar” - inclusão pela dança com pessoas com doença mental a convite da ASMAL e “Dream First – Ouvir a Dança” - inclusão pela dança e música com crianças em risco de exclusão social. Trabalhou com pessoas com deficiência intelectual em parceria com a Fundação Irene Rolo e trabalha com a comunidade em geral. Apresentou peças de dança e em cruzamento disciplinar, entre outros “Sem palavras” (encomenda Culturgest, onde trabalhou no Serviço Educativo), ou “hOPPERhOPE”. Ana Borges tem concebido e desenvolvido diferentes oficinas de Pesquisa e Criação Coreográfica das quais resultam performances/instalações para diferentes espaços não convencionais e tem desenvolvido o conceito de visita dançada que intitulou de “A arte mexe comigo” que apresentou na Culturgest, CAMB, Museu Municipal Santos Rocha e Palácio da Galeria. Para além disso, programa e dirige artisticamente desde 2018, os festivais CORPO DE HOJE - Festival de Artes Performativas de Tavira e ESPIRRO festival de artes para a infância e juventude. É Presidente e Diretora Artística da corpodehoje – associação cultural.’ ----- Dália Paulo Com um percurso há vários anos ligado à Cultura, Dália Paulo é Diretora Municipal de Administração, Planeamento e Modernização Administrativa da Câmara Municipal de Loulé e dirige o Cineteatro Louletano. É também Presidente da Direção da Acesso Cultura (desde 2016). Foi Comissária do Programa “365 Algarve”, sendo adjunta do Secretário de Estado da Cultura (2016-2017). Foi Diretora do Museu Municipal de Faro (2002 a 2009) e Diretora da Revista MUSEAL de 2006 a 2009 e Diretora Regional de Cultura do Algarve de 2009 a 2013. Dirigiu o Museu Municipal de Loulé e foi diretora do Departamento de Desenvolvimento Humano e Coesão e Chefe de Divisão de Cultura e Património da Câmara Municipal de Loulé, entre 2014 e julho de 2016. Pós-graduada em Arqueologia Romana e Licenciada em História Variante de Arqueologia pela Universidade de Coimbra, é também Mestre em História da Arte Portuguesa pela Universidade do Algarve. Foi uma das ideólogas e fundadoras da Rede de Museus do Algarve (2007) e da Rede AZUL, de Teatros do Algarve (2016). Foi Vogal e mais tarde Vice-Presidente do ICOM Portugal (2017-2020). É especialista convidada da Universidade do Algarve em diferentes Mestrados e Faculdades. ----- Elisabete Martins Natural de Lisboa. Entre 1993-97 integra o grupo de teatro amador In Impetus. Nas primeiras experiências no teatro profissional é contrarregra (97/ 98.) Em 2000 conclui o Curso de Formação de Atores, Técnicos e Animadores Teatrais e em 2001 integra o elenco da ACTA, assinando, em 2002, a sua primeira encenação: O Primeiro, de Israel Horowitz. Até à data tem trabalhado com diversos encenadores tais como: Luís Vicente, Andrezj Kowalski, Paulo Moreira, Paulo Matos, Jorge Soares, em textos de múltiplos autores. De Abril de 2011 até à data tem a seu cargo a coordenação e direção artistica do projeto Inclusão pela Arte - uma parceria entre a ACTA e a APATRIS 21 - ministrando aulas de expressão dramática a jovens portadores de deficiência. De 2012 até 2016 integra a equipa do VATe - Vamos Apanhar o Teatro - Serviço Educativo da ACTA como atriz e monitora. Foi a coordenadora do projeto “Mothers” do programa EEA GRANTS/ Pegada Cultural- Artes e Educação (2014/16), e também do projeto europeu “Display your Abilities” (projeto assente na inclusão social de pessoas portadoras de deficiência através das artes) do programa Erasmus + numa parceria com Itália, Espanha e Holanda (2015/17). É licenciada em Educação Social pela Universidade do Algarve. ----- Nidia Gonçalves Mestre em Teatro e Envelhecimento Criativo (Gerontologia Social) e licenciada em Estudos Artísticos, pela da Universidade do Algarve. No âmbito da licenciatura, frequentou, na qualidade de bolseira, a Escola de Comunicação e Artes, na Universidade de São Paulo (USP). Entre outras formações na área do teatro e da dança, tem o curso profissional de Atores, Técnicos e Animadores Teatrais, pela ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve. Exerce atividade profissional na Associação de Saúde Mental do Algarve (ASMAL), onde fundou em 2007 o Teatro do Sótão – grupo inclusivo da ASMAL, sendo até hoje, a sua principal dinamizadora. Nos últimos anos, tem realizado oficinas para a divulgação do teatro inclusivo junto da comunidade. Dedica-se ao estudo das práticas artísticas para inclusão social, principalmente às questões relacionadas com os benefícios da prática teatral no processo de reabilitação.