Esta exposição-instalação constitui o terceiro momento de Quéréla, um espaço de apresentação e investigação artística que assume o feminismo interseccional enquanto prática, metodologia e temática.
Lysis dá a conhecer a história de uma bactéria ficcional que se liberta do regime de laboratório e que altera os corpos dos seres humanos com que entra em contacto. Os vários momentos da exposição narram as mutações desses mesmos corpos acabando por revelar um passado que o mundo contemporâneo não achou possível – a ideia de que os nossos antepassados neandertais teriam possibilidades partenogenéticas, reproduzindo-se a partir de óvulos não fecundados. A narrativa acompanha duas personagens hospedeiras da bactéria, que são usadas enquanto cobaias nas experiências e pesquisas laboratoriais.
Articulando diversas linguagens e dispositivos – vídeo, desenho, textos, som e luz –, Lysis imagina outras possibilidades de mundo e usa tecnologias da ciência para revelar a ficcionalidade e transitoriedade das estruturas vigentes, quer sejam económicas, de género ou laborais. Através da problematização da ética científica, Policarpo e Odete partem da ficção para questionar os paradigmas que condicionaram e condicionam os corpos de seres vivos, humanos e não humanos, na atualidade.
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