A comunicação deve ser uma parte agradável da vida, mas não há pessoas que tenhamos mais probabilidade de ferir ou que com mais facilidade nos possam magoar do que aquelas das quais somos próximos. Vivemos num mundo onde a comunicação é permanente. As redes sociais, os encontros informais e o trabalho em rede criaram oportunidades para viver num mundo em que as relações são verdadeiramente globais. Com todos os seus benefícios, este tipo de comunicação apresenta também perigos.
Nos Exercícios Espirituais, Santo Inácio de Loiola diz que “o amor consiste na comunicação recíproca, i.e., em dar e comunicar a pessoa que ama à pessoa amada e vice-versa”. Será possível comunicar assim num mundo tecnológico e globalizado?
Maria Augusta Babo
Doutorada em Semiótica e Agregada em Teoria da Cultura, é Professora Associada no Departamento Ciências da Comunicação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É investigadora no Instituto de Comunicação da Nova. Co-fundadora e co-presidente da Associação Ibérica de Semiótica e foi diretora da Revista de Comunicação e Linguagens — CECL/Relógio d’Água. Participa em colóquios e congressos nas suas áreas de investigação: a Semiótica, a Teoria da Escrita e os processos de subjetivação e publica regularmente artigos académicos em revistas nacionais e estrangeiras, capítulos de livros ou livros de que é autora ou co-autora. Em 2018 ganha o Prémio do CNC: Uma ideia para mudar o Mundo.
P. Miguel Gonçalves Ferreira SJ
Entrou na Companhia de Jesus em 1992. Licenciou-se em Filosofia pela Universidade Católica Portuguesa, em Braga e, de 1998 a 2000, foi docente na Universidade Católica de Moçambique, na cidade da Beira. Estudou Teologia em Roma, obtendo a licenciatura em Cambridge, Massachusetts. Foi ordenado sacerdote em 2004 e, a partir de 2006, dedicou-se à Pastoral Universitária em Lisboa e no Porto. Em 2014 concluiu uma pós-graduação em Espiritualidade Inaciana na Universidade de Comillas, Madrid. Atualmente é o responsável pela formação inicial dos Jesuítas (Noviciado) e colabora no Centro Universitário Manuel da Nóbrega (CUMN), em Coimbra, acompanhando pessoas e grupos.
Cuidar do corpo
O corpo constitui um observatório privilegiado para a sensibilidade, o espanto e a beleza. Depois das três primeiras conversas sobre a arte, a literatura e a alimentação, queremos agora olhar o corpo social de modo novo e ver como podemos cuidá-lo melhor.
Acreditamos que a beleza, o diálogo e o cuidado com a natureza são possíveis curas para as feridas que a voracidade do tempo, a incultura, as atitudes fechadas e intolerantes, vão abrindo. Através do nosso corpo queremos olhar de novo o corpo que integramos. A proposta da Brotéria desdobra-se em três conversas que contam com oito convidados de áreas diferentes que se juntam a nós neste caminho desafiante de aprender a ver de novo.
Local: Brotéria
Duração: 1h30
Gratuito
Fonte: https://www.broteria.org/pt/programa?avoltadacomunicacao
