Os trabalhos apresentados fazem parte da série Ponto Contraponto que esteve patente em maio, no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, com curadoria de João Pinharanda. Esta exposição marca a entrada do artista na Galeria NAVE, representando a sua obra em Portugal.
O trabalho de Martim Brion apresenta-se como que isento de toda a subjectividade. Partimos de um conjunto de inscrições que entendemos como o eixo do seu pensamento e acção artística para analisarmos depois o lugar da escultura e da pintura no seu trabalho.
Apesar das numerosas fissuras de subjectividade assinaladas no edifício dos dois conjuntos apresentados, o trabalho de Martim Brion aparece, realmente, como um jogo. Esse jogo é feito, não contra o mundo natural, pois Martim Brion usa os elementos matriciais desse mundo (os padrões de cor, as geometrias puras e as combinatórias desses elementos), mas sem ter em conta a sua variabilidade infinita (ou seja, a “impureza” orgânica da natureza).
Martim Brion balança assim entre a pureza idealizada dos meios que elege como elementos do seu vocabulário e tem ao seu dispor a instabilidade permanente proporcionada pelas possibilidades de associação. João Pinharanda, maio 2022 (Excerto do texto da exposição Ponto Contraponto)
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