Na cozinha, por mais pequena que seja, cabe sempre mais um. Na cozinha, os cheiros são memórias, os gestos um arquivo do corpo. Na cozinha, é onde toda a gente quer estar, mesmo quando não tem nada para fazer. Na cozinha, - vão lá para dentro que eu já vou - encontram-se gerações, - saiam-me daqui, que me atrapalham - aprendem-se segredos ancestrais, - não destapes isso que me estragas o cozido - e pratica-se o cuidado, - vão indo, que eu vou já. A cozinha pode ser qualquer lugar em que pessoas se encontram e partilham, como o teatro. Em "Não sou como a figueira", durante o tempo de cozedura de uma sopa, encontram-se três gerações de mulheres. São irmãs, mães, filhas, sobrinhas, tias umas das outras. Entre conversas que são como as cerejas, prepara-se a comunicação de uma decisão inesperada. Naquela cozinha cheia de mulheres tão diferentes, cabem todas as formas de olhar para o mundo. Direção artística: Catarina Carvalho Gomes e Inês Lapa Dramaturgia: Sara Barros Leitão Encenação: Catarina Carvalho Gomes Direção musical: Inês Lapa Apoio à encenação do Coro: Mafalda Lourenço Interpretação: Ana Silva, Aurora Mendes, Daniela Ramos, Elisa Fonseca, Isaura Morais, Mafalda Lourenço, Marília Paredes, Natacha Gomes, Vilma Ranito Coro: participantes da comunidade local Desenho de espaço cénico: Fernando Almeida Desenho de luz: Mariana Figueroa Figurinos: Beatriz Veríssimo Design Gráfico: Sérgio Couto Duração prevista: 75 min (aprox.) Classificação etária: M/12 Reservas para a estreia: reservaspele@gmail.com