E se o circo não tivesse limites, mas coubesse em todo o lado?
Em 2017, na edição 0, foi essa a provocação do LEME. A ideia foi, desde sempre, ocupar espaços improváveis no acolhimento aos espetáculos do festival, também eles pouco convencionais. Em parceria com a Bússola, voltamos a repensar os espaços e os objetos artísticos e como se relacionam e transformam reciprocamente. O festival volta a promover espaços de discussão e encontro para profissionais e estudantes da área, bem como laboratórios imersivos de investigação e criação.
A criação apoiada desta edição é da companhia Coração nas Mãos, que apresenta “Vagalume”, uma reflexão sobre luz interior, a partir das técnicas de manipulação de objetos, aéreos, acrobacia mão-a-mão, dança e teatro físico. Inspirado no trabalho e no universo estético de Gilbert Garcin, o dispositivo cénico representa um lugar negro metamórfico em que as intérpretes desenrolam uma narrativa, através de cabos das mais diversas utilizações. Uma metáfora plástica e poética em busca da resolução de um “emaranhado mental ou emocional”. O cenário, em constante mutação, interage com outros dispositivos dramatúrgicos, como a quebra da quarta parede, que servem para, afinal de contas, no meio do caos, dos cabos e da escuridão, falar sobre luz.
15h00
Fonte: https://www.cm-ilhavo.pt/municipio/comunicacao/eventos/evento/vagalume-79