No próximo dia 9 de Dezembro, o teatro do norueguês Jon Fosse (Noruega, 1959) regressa à Sala Estúdio do Teatro da Rainha, desta feita pela mão do actor Tiago Moreira que, com este trabalho, se estreia na encenação. Récita única de um monólogo em que, segundo Moreira, «somos convidados a reflectir sobre temas de identidade, solidão e busca do sentido num mundo que às vezes pode parecer desconectado e solitário.»
No próximo dia 9 de Dezembro, o teatro do norueguês Jon Fosse (Noruega, 1959) regressa à Sala Estúdio do Teatro da Rainha, desta feita pela mão do actor Tiago Moreira que, com este trabalho, se estreia na encenação. Récita única de um monólogo em que, segundo Moreira, «somos convidados a reflectir sobre temas de identidade, solidão e busca do sentido num mundo que às vezes pode parecer desconectado e solitário.»
Jon Fosse começou a publicar em 1983, produzindo, desde então, romances, poesia, ensaio, livros para crianças, teatro. É um dos autores contemporâneos mais representados na actualidade, tendo sido objecto de criação, pelo Teatro da Rainha, com a peça “O Filho” (1997), encenada por Fernando Mora Ramos em 2019. Esta é uma excelente oportunidade para revisitar a obra do Prémio Nobel da Literatura 2023, autor de várias peças dirigidas por encenadores de renome como Gunnel Lindblom, Claude Régy, Jacques Lassale, Thomas Ostermeier, Barbara Frey, Katie Mitchell ou Patrice Chéreau.
Aclamado romancista e dramaturgo, o Autor norueguês tem sido frequentemente apontado como um “novo Ibsen”. Esta forte relação com o texto dramático levou alguns críticos a sugerir ser esta a melhor porta de entrada para uma obra vasta e multipremiada. Segundo Catherine Taylor, «as histórias poderosas (e frequentemente curtas) de Fosse servem como introdução aos temas centrais da sua obra — infância, memória, família, fé — com um forte sentimento de dualidade e fatalismo.»
“O Homem da Guitarra” (2000) oferece protagonismo à figura do músico de rua, num monólogo em que os sonhos perdidos de uma vida e os fracassos pessoais acumulados se debatem interiormente em busca de reconciliação. Pungente e poético, este texto oferece-nos um Fosse na sua melhor forma teatral, depois da estreia, em 1994, no domínio do drama.
Para Fernando Mora Ramos, director do Teatro da Rainha, esta peça é «acerca dos inesperados da vida, das dependências, da precariedade e do sentido que um trajecto de vida possa concretizar.» As palavras têm aqui uma forte ressonância musical na sua relação com uma guitarra enquanto símbolo de uma busca de sentido na expressão artística. Nas palavras do encenador e intérprete Tiago Moreira, «o personagem habita entre a música, a introspecção e a palavra como surpresa sonora que dá corpo ao pensamento. Dele parece que já sabemos tudo, e essa proximidade apanha-nos de surpresa, de tal forma que nos vemos ligados a ele, ou por outro lado, ligados a nós, uma vez que ele é a imagem da condição humana.»
Apresentação única de “O Homem da Guitarra”, de Jon Fosse, dia 9 de Dezembro na Sala Estúdio do Teatro da Rainha. Às 21h30.
Site: https://teatrodarainha.pt/eventos/o-homem-da-guitarra-de-jon-fosse/
Fonte: http://agendaviva.smartcityhub.pt/Detalhe-Evento.aspx?v=2&lg=1&g=58503