“Era a minha avó, a minha mãe, era eu” unifica vivências de várias gerações de mulheres através dos seus quotidianos e gestos singulares, refletidos nas mãos tensas que revelam em silêncio os diversos estados emocionais: dores, tristezas, angústias, insegurança, impaciência e submissão.
Se uma avó cativa o olhar na infância com os seus gestos repetitivos e eternos, agora gravados na matriz, os mesmos gestos silenciosos cativam o observador. Gravuras com as suas mãos e corpos caídos em si, corpos, ou dorsos, que permanecem imóveis e fixos no seu rigor, no seu segredo, ninguém os demove, ninguém os move.
Quantas violências foram e são exercidas sobre as mulheres ao longo das gerações?
Nos dias 9 e 24 de Março, pelas 16h30 Filipa Cordeiro apresenta uma performance de som, em diálogo com as gravuras e as histórias que elas trazem. Partindo de meios simples (a voz e alguns objectos), propõe lançar sons dentro da sala de exposição: sons repetitivos e sujos, como os dos gestos da gravura; sons doces e de lamento, como os da dor e os da amizade.
A exposição estará aberta de quinta-feira a domingo das 14h às 17h, visitas por marcação: paiva.salome@associacaogoela.pt
Para assistir à performance,é necessário reservar (número de espectadores limitado ao espaço da galeria).
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