Com Adalberto Teixeira-Leyte e Abel Fortuna Moderação: Marta Martins Silva
Um cartaz datado de 1975 e desenhado por um associado apresenta-nos, de forma bastante impactante, umas das principais mensagens da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA).
Ao longo dos seus longos 13 anos, a Guerra Colonial foi provocando para além de mortos, um grande número de feridos. Estes feridos em combate eram enviados para Portugal, muitas vezes às escondidas da população e sem o conhecimento da própria família. Depressa foram-se acumulando nos corredores das enfermarias dos hospitais militares da capital ou no “Depósito de Indisponíveis”, na Graça, no caso dos tratamentos mais longos.
Considerados “um peso morto” para a Nação pelo próprio António de Oliveira Salazar, peso esse que teria de ser sustentado, foram desenhadas para os feridos em combate medidas de compensação – pensões e esmolas.
Mas como o objeto desta sessão nos diz, os soldados não queriam esmolas: queriam o direito à assistência, à reintegração, à vida digna e ativa. E foi com essa missão que nasceu a ADFA. 50 anos após a Revolução, as marcas profundas que a Guerra Colonial deixou na nossa sociedade ainda se sentem, e esta é ainda uma história por contar. Com os mesmos 50 anos, o papel da ADFA ainda se cumpre e renova-se, tendo um impacto na integração social maior do que imaginamos.
INSCRIÇÕES
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