A terra da terra. A terra do nascer. A terra onde se nasce. A terra de origem. A terra de tudo. A terra de todos. Mas que, por vezes, é de uns; por vezes, é de outros. Muitas vezes, é terra de ninguém. Uma terra onde se plantou a guerra. Uma guerra que semeou carnes. Parece até que terra rima com guerra e que a guerra se ri da terra.
Uma menina com a cor da terra nos olhos, nos cabelos e na pele. Tem perguntas sem resposta, como todas as crianças da sua idade, e flagelos que não entende, marcas de desumanidade.
Sobre ela se contam contos aos quais tem pontos por acrescentar, até mesmo nas estórias que conta a si mesma para se embalar.
Ana Gondu retrata uma memória bem presente de uma de muitas histórias entre África e Portugal.
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