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Revolução na América do Sul

Revolução na América do Sul

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o texto mais importante de Augusto Boal apresenta o operário José da Silva, um representante do povo, à procura de uma solução para a fome que o devora. Este trabalhador mergulha numa viagem nas contradições de um Brasil injusto

É na região periférica das grandes cidades onde vivem os trabalhadores que sustentam os privilegiados desta sociedade desigual. O espetáculo Revolução na América do Sul (2019) dialoga com o original do Boal revelando esse olhar dissidente dos que veem o mundo através dos escombros da margem. A encenação de Wellington Fagner tenciona o mundo do trabalho dos anos 60 (período de escrita do texto) e o processo contínuo de precarização da mão de obra trabalhadora. O texto cênico elabora uma (re)visão carnavalizada e uma outra narrativa periférica que explora os recursos cômicos e paródicos das contradições sócio-históricas dos Brasis revolucionários. A reescritura do texto foi realizada a partir de um processo colaborativo em que o elenco tenciona as imagens presentes na dramaturgia de Boal com as referências de uma sociedade precarizada em um capitalismo de guerrilha. Diante deste nosso tempo sombrio, este espetáculo pretende ser uma intervenção político-poética em que os afetos e a resistência são nossas armas revolucionárias.

Rememorando os 10 anos de saudades de Augusto Boal, a prática de montagem Revolução na América do Sul com direção de Wellington Fagner homenageia seu legado artístico e intelectual através de um espetáculo que dialoga com seu principal texto teatral. Augusto Boal (1931-2009) foi um dos dramaturgos que mais contribuiu para a criação de um teatro genuinamente brasileiro e latino americano. Desde os primórdios de sua carreira, no teatro de Arena, até o Teatro do Oprimido, técnica que o tornou mundialmente conhecido, passando pelas Sambóperas, sua preocupação foi a de criar uma linguagem que pudesse traduzir a realidade do seu país, uma maneira brasileira de falar, sentir e pensar. Essa preocupação imprime ao seu trabalho uma dimensão política e social, concebendo o teatro como instrumento de transformação alicerçada na temática e na linguagem.
Todos os passos percorridos por Boal foram marcadas pelo seu espírito investigativo e sua preocupação política: o teatro como resposta às questões sociais; o teatro como meio de analisar conflitos e apresentar alternativas. É autor de diversas obras literárias publicadas em vários idiomas e recebeu, durante sua vida profissional, um arsenal extraordinário de prêmios e honrarias.

Augusto Boal (1931 – 2009) foi fundador do Teatro Arena e um dos dramaturgos que mais contribuiu para a criação de um teatro genuinamente brasileiro e latino-americano pois fez questão de criar uma linguagem que pudesse traduzir a realidade do seu país em termos sociais e políticos sendo que, neste sentido, via o teatro como instrumento de transformação através da análise de conflitos e respetiva apresentação de alternativas a esses problemas. Para além disso, Boal escreveu diversas obras literárias publicadas em vários idiomas, assim como recebeu diversos prémios durante a sua vida profissional.

Local TAGV

Texto Augusto Boal

Direção Wellington Fagner

Consultor de direção André Paes Leme

Dramaturgia Wellington Junior

Interpretação Cássio Duque, Junior Melo, Letícia Ambrósio, Levi Duarte, Maria Azevedo e Ritiele Reis

Direção musical Vinícius Mousinho

Letras das canções Francisco de Assis

Cenografia Sofia Magalhães

Consultor de cenografia Carlos Eduardo Nunes

Assistentes de cenografia Bruna Lima, Cassi Salles, Clara Vasconcellos, Julia Couri,Malu Guimarães, Mariana Marton

Técnica Alexandre Guimarães, Derô Martin

Figurinos Lara Bezerra

Assistente de figurinos Mariana Faria

Guarda roupa Kátia Barbosa e Regina oliva

Consultora de figurinos Carolina Bassi

Maquilhagem Fellipe Estevão

Consultora de maquilhagem Mona Magalhães

Iluminação Ricardo Rocha

Assistente de Iluminação e operação de luz Victor Mello

Design gráfico Samuel Santiago

Direção de produção Wellington de Oliveira

Todos São Palco é um projeto do Teatrão

Curadoria Jorge Louraço Figueira

Mostra Bienal de Teatro Brasileiro do Teatrão (locais) Águeda, Aveiro, Coimbra, Loulé, Lousã, Marinha Grande, Matosinhos, Ourém, Santarém

Coprodutores Teatro Aveirense, Teatro Académico de Gil Vicente, Teatro Municipal Constantino Nery, Cineteatro Louletano, Convento São Francisco, Centro de Artes de Águeda, Cineteatro da Lousã, Teatro Municipal de Ourém, Teatro Sá da Bandeira, Teatro da Cerca de São Bernardo, Teatro Stephens, Teatro-cine de Torres Vedras

Parcerias Instituto de Estudos Brasileiros (Univ. Coimbra), Centro de Estudos de Teatro (Univ. Lisboa), Museu Nacional do Teatro e da Dança.

Financiado por Iberescena, Direção-Geral das Artes / Ministério da Cultura da República Portuguesa, RTCP Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses

Apresentações/digressão no âmbito Todos São Palco 12 set TAGV, 14 set Cineteatro Louletano, 20 set Teatro Municipal de Ourém, 22 set Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery

Fotografia Josélia Frazão

Fonte: https://tagv.pt/agenda/revolucao-na-america-do-sul/
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