A PROPÓSITO DE PEDRAS conversa sobre Desenho, acervos e coleções

Luís Lyster Franco, António Duarte, Guida Casella, José António Moita e Fernando Rosa Dias vão estar à conversa no Museu Geológico, em Lisboa, para falarem sobre Desenho e a sua importância histórica e cultural como forma de comunicação, quer como expressão artística, quer como forma privilegiada no estudo das diversas áreas das Ciências Naturais e da sua importância no desenvolvimento tecnológico e, também, para falarem de acervos e de coleções, e da sua influência, nos dias hoje, junto dos visitantes.  


Luís Lyster Franco: visita assídua do Museu Geológico, é licenciado em Artes Plásticas – Pintura pela Universidade de Lisboa, especializado em Museologia e Museografia, com doutoramento em Desenho pela FBAUL, Académico Correspondente da ANBA e professor na Escola Passos Manuel;

António Duarte: é licenciado em Conservação e Restauro e sócio gerente da empresa Esgrafito Mural, especializada na conservação, restauro e divulgação de Património Edificado, desenvolvendo actividade nas áreas de pintura mural e estuques decorativos e, em parceria com outros especialistas, nas áreas de azulejaria, talha, escultura e pintura de cavalete;

Guida Casella é formada em Belas Artes, tendo descoberto o desenho científico no último ano da licenciatura, o que determinou o rumo da sua carreira. Atrás do desenho científico, viajou e viaja muito. Andou pelo Canadá, Inglaterra e Estados Unidos e desenvolveu um olhar muito crítico e informado sobre a divulgação de arqueologia em desenhos e ilustrações. Os seus trabalhos podem ser encontrados de norte a sul de Portugal. Colaborou e colabora com institutos e centros de investigação, arqueológos, museus e autarquias. Em 2019 concluiu, na Universidade Nova, o doutoramento em Medias Digitais com um trabalho intitulado “Digital Storytelling para Arqueologia”, focando a comunicação feita a partir do Castro de Zambujal durante 50 anos. Desde 2019 que dá aulas de Desenho de Arqueologia e de Património na Faculdade de Belas Artes de Lisboa e criou em 2023 a Pós-Graduação de Aperfeiçoamento Ilustração Científica.

Fernando Rosa Dias, é Professor auxiliar de Ciências da Arte na Universidade de Lisboa, Faculdade de Belas-Artes e investigador do CIEBA. Criou e coordenou o mestrado em Crítica, Curadoria e Teorias da Arte (FBAUL). Coordenação científica geral da revista Convocarte. Coordenação científica do catálogo raisonné de António Dacosta (2010-2019). Tem coordenado vários livros colectivos, tendo publicado como autor: Ecos Expressionistas na Pintura Portuguesa Entre-Guerras (1914-1940) (2011), António Dacosta — A Tentação Mítica (2016) e Elogio da Poiesis, reflexões teóricas para a prática da investigação em artes (2022). Comissariou a exposição e catálogo: Carlos Porfírio — Diálogo do Modernismo (Museu de Faro, 2019) e Itinerários da Arte Moderna no Algarve - Contributos para uma história (2022). Coordenou vários livros colectivos sobre Investigação em Artes (2010-2016), Imagem (2010), Santa Rita Pintor (Documenta, 2019), entre outros.

O Museu Geológico é, provavelmente, um dos Museus de Lisboa menos conhecidos do grande público. No entanto, é um espaço absolutamente extraordinário. Fundado em 1859, o seu acervo de milhares de exemplares de Paleontologia, Arqueologia e Mineralogia de elevado valor científico, a disposição das coleções, o seu mobiliário expositivo e a arquitetura interior refletem, em muito, a museologia do séc. XIX, de que já restam poucos exemplos na Europa, o que o faz ser considerado pelos especialistas como um “Museu dos Museus”. Num ambiente mágico que nos transporta no tempo e que se manteve assim, quase intocado…

IMAGEM: desenho da série 'O contorno, a vontade e os limites' 2023, atualmente em exibição na exposição individual de desenho de Patrícia Magalhães patente no Museu Geológico até dia 16 de Agosto de 2024 (dias úteis das 10h às 18h); mais informação em patriciamagalhaes.com