Durante seis anos, Jean e Catherine foram amantes. Ele nunca quis o divórcio e ainda mora com a esposa. Ela mora em casa dos seus pais. Vêem-se todos os dias em hotéis, carros, durante as férias, fins de semana. Eles amam-se, discutem, brigam e depois reconciliam-se. Um dia Catarina decide romper a relação. O primeiro grande êxito de Pialat, que valeu a Jean Yanne o prémio de melhor interpretação masculina no Festival de Cannes. Pialat abordou um dos temas mais frequentes no cinema francês, a crise de um casal. Mas com a sua capacidade de trabalhar em blocos dramáticos intensos e concentrados, Pialat deu a este filme largamente autobiográfico uma enorme força, graças à capacidade de filmar os actores como se se tratasse de um documentário e de os forçar a abandonar os hábitos que tornam o trabalho mais fácil e menos interessante.
Na abertura da sessão, no âmbito da rede shortcutz, será exibida a curta-metragem A Rapariga Projectada (2024, 28 min) de Francisco Noronha: Teresa leva uma vida amorosa plena até ao dia em que, ao utilizar uma aplicação que permite aos surfistas observarem o estado do mar em tempo real, se apercebe de que algo de estranho se passa na praia. Intrigada com o que vê nas imagens, Teresa confronta-se com uma decisão há demasiado tempo em suspenso, simultaneamente se apercebendo de como talvez não aceite nos outros aquilo que professa para si mesma.Título Original: Nous ne Vieillirons pas Ensemble (França, 1972, 100 min)
Realização: Maurice Pialat
Interpretação: Jean Yanne, Christine Fabréga, Marlène Jobert
Fotografia: Luciano Tovoli
Classificação: M/12