Bombarda: Passado, Presente e Futuro - Ciclo de Conversas
2.ª sessão
com moderação de Marta Silva (Largo Residências) e convidados Nuno Faleiro Silva ( Psicólogo Clínico - Rádio Aurora ) ,Ana Paula Santos ( Bibliotecária Hospital Júlio de Matos ) , Célia Pilão ( Antiga Administradora dos Hospitais Civis de Lisboa)
por Largo Residências em parceria com Trabalhar com os 99% e Fórum de Cidadania Lx
29 de Setembro, Domingo, 16h às 18h, Pinhal
Jardins do Bombarda - Centro Cultural e Comunitário
Rua Gomes Freire 161, LisboaEntrada livre
M/6Na segunda conversa sobre o passado, presente e futuro do Bombarda, vamos voltar a olhar com vários prismas, testemunhos, experiências e visões para este lugar psicológico que é o Bombarda. A história e património que o carrega, a memória e simbologia que transporta, bem como os desafios que atravessa face a um possível futuro em que venha a integrar a cidade de Lisboa. Após a abertura parcial com a parte destinada ao Jardins do Bombarda, continua e faz cada vez mais sentido pensar colectivamente o futuro deste quarteirão, a céu aberto, não só com as visões especializadas mas também em diálogo com a comunidade local, vizinhos/as e demais interessados/as. Adicionando os desafios actuais de Lisboa, e principalmente da malha urbana, marcada por um processo de turistificação e especulação imobiliária, importa pensar e lançar pistas para um processo de co-construção deste pedaço de cidade utópica.
Entre outras intervenções mais específicas, convidamos os oradores a responder à seguinte pergunta, que um paciente psiquiátrico do Hospital Júlio de Matos, pertencente ao colectivo da Rádio Aurora, colocou na entrevista de Rádio Aurora a Marta Silva, parte dois, 13,37’ citação: “Escrevi aos 21 anos um pequeno poema que é assim: «Os Abutres vêm pousar nos restos de um homem que chegou ao fim de um caminho pendular e tenta construir uma estrada de pedra.» Ora bem, isto aplica-se a 1991, em Janeiro, quando deixei de sofrer porque levei eletrochoques com anestesia. Agora, essa estrada… eu falo em “tenta” construir uma estrada de pedra, mas do tentar ao conseguir vai um passo. E essa estrada de pedra levou-me a um mundo de segurança, afectividade, cultura e convivência. Tentei e consegui. Isso passou-se há 33 anos. Na altura aos 20 anos eu apliquei a palavra “tenta” porque foi antes do resgate mental. Não sei se isto tem a ver com a temática de hoje. Tem?”
Este evento está inserido no projecto “Tomando as ruas, rompemos o silêncio!”, um processo de documentação com o apoio da República Portuguesa - Cultura / Direção-Geral das Artes e Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril.
O Jardins do Bombarda é um centro cultural e comunitário promovido pelo LARGO Residências. A Câmara Municipal de Lisboa - RAAML (Regulamento de Atribuição de Apoios pelo Município de Lisboa) apoia financeiramente a sua actividade.