O cinema cubano, que tem contribuído para o chamado Novo Cinema Latino-americano e que reflete, quase sempre, as realidades sociais, económicas e culturais do povo cubano, está em destaque num ciclo apresentado na Casa da América Latina.
Os filmes que compõem o ciclo são uma pequena, mas representativa, amostra da obra de várias gerações de cineastas cubanos.
Programa:
23 out: 19h
JÍBARO
De Daniel Díaz Torres | 1985, 14′
Filme de estreia de Daniel Díaz Torres (1948-2013) como realizador que reflete sobre temas de identidade, tradição e mudança. Protagonizado por um camponês que vive isolado nas montanhas, narra os seus desafios pessoais e sociais no contexto de uma sociedade rural.
FRESA Y CHOCOLATE
De Tomás Gutiérrez Alea e Juan Carlos Tabío | 1993, 111′
Nomeado ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro (1994), premiado em Sundance e Berlim, e vencedor do Goya para Melhor Filme, é um drama protagonizado por dois homens: David, um comunista convicto e estudante de sociologia, e Diego, um artista homossexual acossado pela homofobia do regime de Castro, cujas diferenças abismais não os impede de desenvolver uma profunda amizade.
24 out: 19h
20 AÑOS
De Bárbaro Joel Ortiz | 2009, 14′
Vinte anos de indiferença e maus-tratos põem à prova o amor de uma mulher que, para chamar a atenção do marido, tentará o impensável.
SUITE HABANA
De Fernando Perez | 2003, 84′
A cidade desperta, o filme começa. Porquê um dia em Havana? Porque Havana é um ponto de referência para muitos, um mistério para outros, e um sonho cheio de contradições e contrastes para quem a ama e a crítica. Mas Havana não é só um espaço, uma sonoridade, uma luz, Havana é a sua gente. E “Suite Habana” é um dia simples na vida de dez havaneiros comuns. Não há entrevistas nem diálogos nem narração: só imagens, sons e música para expressar cinematograficamente o dia a dia de uma realidade peculiar e única. Cada um dos personagens representa a diversidade dos grupos sociais que se movem na cidade. Porque não há só uma Havana: há muitas Havanas invisíveis e distintas para viver.
25 out: 19h
BLANK
De Daniel Santoyo | 2022, 22′
A humanidade vive sob o efeito de uma nova pandemia. Um jornalista é incumbido de fazer uma reportagem sobre o número de mortes. No hospital, numa sala destinada às mais recentes vítimas de COVID-19, a câmara regista o despertar de uma mulher. Um insólito do qual surge um debate sobre os limites do sacrifício e a responsabilidade sobre a morte.
CUENTOS DE UN DÍA MÁS
De Rosa María Rodríguez, Alán González, Carolina Fernández – Vega, Yoel Infante, Katherine T. Gavillán & Sheyla Pool, Eduardo Eimil | 2021, 90′
Seis curtas-metragens, independentes entre si, exploram sentimentos e realidades vividos pela sociedade cubana a partir do momento em que aparece o primeiro caso de COVID-19.
Fonte: https://agendalx.pt/events/event/ciclo-de-cinema-cubano/
