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Raridade e Documento Histórico do Mês

Raridade e Documento Histórico do Mês

O “Documento Histórico” selecionado pela Divisão de Arquivo, é o manuscrito do poema “Búzio Morto”, do poeta José Sebag (Horta, 1936 – Lisboa, 1989), nome do surrealismo português, que Carlos Alberto Machado, um dos responsáveis pela editora Companhia das Ilhas, define como um "poeta raro", com uma obra muito "pouco conhecida". O documento data, provavelmente, da década de 1950, segundo Marc-Ange Graff, professor universitário, que doou, em 2012, o espólio literário de Sebag à Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, na Horta, cidade natal do escritor. Esse espólio, que integra ainda muitas crónicas avulsas e trocas de correspondências relacionadas com a obra de José Sebag, está preservado em duas caixas de arquivo.

Embora tenha nascido na ilha do Faial, Sebag viveu grande parte da sua vida fora dos Açores. Fez o liceu em Beja, para onde o seu pai foi trabalhar, e prosseguiu os estudos universitários em Direito. Foi comandante miliciano na India em 1960, jornalista, repórter do Notícias de Luanda entre 1970 e 1974, experiências que acabaram por marcar o seu pensamento e ter grande influência na sua escrita.

Mas foi em Lisboa, integrado no chamado grupo do Café Gelo, no convívio com alguns "sobreviventes do surrealismo", que José Sebag "viveu outra vida", privando com autores como Mário Cesariny, Mário-Henrique Leiria, António José Forte, Ernesto Sampaio ou Herberto Helder.

Trabalhou na Radiodifusão Portuguesa (RDP), em Lisboa, onde foi responsável por programas como "O ovo de Colombo" (décadas de 1970/1980). Escreveu os diálogos do filme "Vidas" (1984), de António da Cunha Telles.

Em 1992, a revista Atlântida, do Instituto Açoriano de Cultura, dedicou ao escritor um número especial, com artigos sobre a sua vida e obra assinados por autores e investigadores como José Carlos Gonzalez, João Rui de Sousa e Emanuel Jorge Botelho, entre outros.

A “Raridade” selecionada é um exemplar da obra “A Natureza, Poema”, de José Agostinho de Macedo (Beja, 1761 – Lisboa, 1831) de 1806, numa edição publicada no Porto em 1854.

Macedo foi um padre e escritor português, importante crítico do liberalismo em seu tempo. O seu estilo era polémico e agressivo. Adepto fervoroso do miguelismo, escreveu contra a maçonaria e também foi um crítico severo de Camões. Foi diretor do jornal A tripa virada (1823).

A Direção Regional dos Assuntos Culturais informa que este e outros eventos estão disponíveis para consulta na Agenda Cultural do Portal CulturAçores, no seguinte endereço eletrónico: www.culturacores.azores.gov.pt

Fonte: https://www.culturacores.azores.gov.pt/agenda/default.aspx?id=48205
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