María de Buenos Aires é uma ópera-tango, ou “operita”, como definiu Piazzolla, com libreto do escritor uruguaio Horacio Ferrer. Esta obra, uma complexa mistura entre música, poesia, canto, drama e bailado, onde se descreve a trajetória de vida de María - uma prostituta das noites suburbanas de Buenos Aires - insere-se, assim, de certa forma na tradição do género teatro-musical. O enredo desenvolve-se ao longo de dezassete quadros, onde vão surgindo para além de María e da sua Sombra, um poeta narrador que é também um duende, com várias marionetas sob seu controle, e um circo de psicanalistas. A personagem de María é polissémica, em si mesma, e surge frequentemente associada tanto à figura da Virgem Maria, como à do próprio Jesus Cristo, como também pode simbolizar a própria condição feminina. A obra estreou-se na Sala Planeta, em Buenos Aires, a 8 de maio de 1968. O efetivo consta de onze instrumentistas (incluindo um bandoneon), dois cantores solistas (uma soprano e um barítono), bailarinos, um recitante e um pequeno grupo coral, ele também, recitante.
Ficha artística:
Direção artística: António Salgado/Jorge Correia María | Cantora/Bailarina ‘tanguera”: Maia Belen Giachello | Encenação: António Salgado/Jorge Correia | Direção musical: Valter Mateus | Movimento coreográfico: Cláudia Marisa | Cenografia: Marta Santos/Carlos Neves | Figurinos: Manuela Bronze | Luz: Rui Damas | Som: Miguel Canelhas | Video mapping: Luís Leite | Direção de cena e produção: Anita Faria | Produção executiva: Opera Norte | Coprodução: Theatro Gil Vicente, Casa das Artes de Famalicão e Teatro Diogo Bernardes, Câmara Municipal de Gaia, Teatro Aveirense
This concert features eleven instrumentalists, two solo singers (a soprano and a baritone), dancers, a reciter and a small choral group.
Fonte: https://agenda.barcelos.pt//evento/maria-de-buenos-aires-revisitada-3404