abertura
Com Catarina Martins (Universidade de Coimbra, Portugal), Hamilton Francisco (Babu/artista plástico, Angola) Madalena Bindzi (História da Arte, Portugal), Marinho Pina (Arquiteto e Performer, Guiné-Bissau), Yara Nakahanda Monteiro (Escritora, Angola)
Café TAGV
duração aprox. 30 min.
para todos os públicos
entrada livre
debate
As identidades são um banquete móvelParticipação Xullaji, Yara Nakahanda Monteiro, Madalena Bindzi, Maria Lobo
Moderação Paula MachavaCafé TAGV — entrada livre
A partir do mote de Stuart Hall, em “A questão da identidade na pós-modernidade”, pretende-se refletir sobre a complexidade das definições identitárias e a mobilidade dos fenómenos culturais e das referências que dão forma às subjetividades. Na conversa, juntam-se artistas e pensadoras afrodescendentes ligadas às artes, de diferentes gerações e com percursos de vida distintos.
Xullaji chama-se Nuno Santos, mas é conhecido no hip-hop português como Xullaji. Este MC vem da Arrentela (Seixal) e tem dado provas do seu talento, sobretudo na arte do improviso, com o objetivo declarado de despertar consciências com as suas rimas. Xullaji começou a ouvir música por influência do pai, também ele músico. Aos 15 anos, escreveu as primeiras letras, por identificar-se com o estilo que vinha dos EUA. Desde então, a luta de classes e a desigualdade racial tornaram-se temas sempre presentes no seu trabalho. Aliás, este filho de pais cabo-verdianos, nascido em Portugal, considera-se africano e é pelos africanos que luta com a sua música. Depois de ter dado voz a várias mixtapes de produção e de ter subido a muitos palcos, Xullaji edita em 2001 o seu álbum de estreia, "RAPresálias… Sangue, Suor e Lágrimas", no qual as rimas são acompanhadas pelos beats de produtores nacionais como DJ Cruzfader, Sam the Kid , Sas ou DJ Kronik. "À-Pala de Quem Não Come" ou "A Igualdade é uma Ilusão" são alguns dos temas deste álbum que documentam a vida nas ruas e que alertam para a luta do MC pela igualdade.
Yara Nakahanda Monteiro é uma escritora luso-angolana cuja obra se centra em experiências afrodiaspóricas e femininas. O seu romance de estreia “Essa dama bate bué!” (2018, Guerra e Paz Editores) foi nomeado para o Dublin Literary Award 2023, está traduzido em várias línguas e é estudado em universidades de todo o mundo.
«Memórias Aparições Arritmias» (2021, Companhia das Letras) ganhou o Prémio Literário Glória de Sant’Anna para melhor livro de poesia, em 2022. Os seus contos, ensaios e poesias estão disponíveis em várias publicações. É coautora do argumento e guião dos filmes: “Caminho para as estrelas” (2022) e “A Ilha” (2022).
Licenciou-se em Gestão de Recursos Humanos e ocupou várias posições sénior em empresas multinacionais. Por cinco anos, foi também empreendedora em consultoria de RH. Estudou guionismo e arte contemporânea. Atualmente, reside em Portugal.Madalena Bindzi Licenciada em História da Arte, de formação complementar em História e Historiografia Global pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, atualmente Mestranda em História da Arte e Museologia, com Especialização em Arte Contemporânea na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Curadora da Exposição Juventudes Negras - Identidades Navegantes na última edição do festival Afro-Portugal, em 2022. Luso-camaronesa, tem-se focado em práticas, discursos e interações artísticas negras em espaços diaspóricos.
Maria Lobo No mundo editorial há mais de três anos, Maria Lobo é uma jovem aspirante a editora, tradutora e outras coisas. Com origens na Guiné-Bissau, é mestre em Estudos Anglo-Americanos, pela Universidade de Coimbra, e Estudos Editoriais, pela Universidade de Aveiro, com o objetivo de criar mais espaços para a representatividade na literatura e outras artes, em geral.
Café TAGV
duração aprox. 1h00
para todos os públicos
entrada livre
ciclo
01 — 15 novembro 2024
Afro-Portugal 2024 — Mundos em MovimentoNa sua segunda edição, o ciclo Afro-Portugal 2024 tem o mote “Mundos em Movimento” e apresenta artistas africanos/as e afrodescendentes do teatro à música, passando pela literatura, o cinema, a performance, as artes visuais, as artes sonoras e digitais. Há também lugar para uma feira do livro, conversas-debates, sessões para a infância e formação para escolas, ensino superior e pós-graduado.
Na sequência do ciclo Afro-Portugal 2022, intitulado “Contas de Torna-Viagem”, em que se pretendia refletir sobre a memória colonial portuguesa, o racismo, e dar visibilidade às artes negras, procura-se agora pensar as complexidades quer dos movimentos memorialísticos, quer da circulação de identidades, na imaginação de futuros protagonizada por artistas negros/as. Interrogar-se-á a própria questão da negritude e da afrodescendência, a partir de trabalhos artísticos que partem dos “passados para futuros mais que perfeitos”.
Curadoria Catarina Martins (Universidade de Coimbra, Portugal), Hamilton Francisco (Babu/artista plástico, Angola) Madalena Bindzi (História da Arte, Portugal), Marinho Pina (Arquiteto e Performer, Guiné-Bissau), Yara Nakahanda Monteiro (Escritora, Angola)
Coprodução Teatro da Cerca de São Bernardo/A Escola da Noite, Teatro Académico de Gil Vicente
Apoio Cena Lusófona, Casa da Esquina, Casa da Cultura da Guiné-Bissau, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas (FLUC), Centro de Arqueologia e Artes (FLUC)
Programa Afro-Portugal 2024 https://bit.ly/3YyGXS2