A Guerra Civil Espanhola, manchada por divisões fratricidas: uma guerra que opôs duas Espanhas, que despertou a atenção internacional nos anos de ascensão do Fascismo. Que mobilizou e galvanizou as esquerdas e as direitas mundiais que fizeram desta guerra o seu próprio combate. De um lado, tínhamos a Espanha dos generais, do clero, dos grandes proprietários; do outro, os operários da indústria, mineiros (com o seu centro nas Astúrias) e trabalhadores agrícolas cada vez mais politizados e organizados autonomamente, sob a influência de um partido socialista (PSOE) que abandonava as tendências reformistas e um sindicato anarco-sindicalista (CNT) cada vez mais reivindicativo e numeroso.
Prenúncio de um conflito mundial que não tardaria a eclodir, a Guerra Civil foi ao mesmo tempo um período onde existiram novas experiências de formas de vida e de organização alternativas. Registam-se movimentos de emancipação feminina através da educação, cidades autogestionadas na totalidade, desde o planeamento urbano até as fabricas e serviços – como a cidade de Barcelona entre 1936-1939 –, propriedades agrícolas comunitárias, experiências cooperativas e inclusivamente uma indústria cinematográfica.
É precisamente sobre essas experiências que este ciclo de cinema se procura debruçar. Numa altura em que tanto se fala de “alternativas” e se questiona a sociedade civil sobre a viabilidade ou não destas, a Cooperativa Povo Portuense procura trazer assim à cidade um espaço de discussão e diálogo crítico.
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