21:30 até às 23:30
IQI - Segue-me à Capela | Galandum Galundaina

IQI - Segue-me à Capela | Galandum Galundaina

Segue-me à Capela 
São sete mulheres e trabalham a música tradicional portuguesa usando a voz como instrumento principal que se desdobra para recriar cenas de trabalho, romaria e também folia, cruzando o sagrado e o profano e ultrapassando limites geográficos e locais, navegando pelo galaico-português, pela diversidade do canto português e indo beber a árabes e judeus numa confraternização que o canto sabe juntar.
Muitas vezes acompanhadas por instrumentos de percussão como o adufe, a caixa, a cegarrega, o bombo e uns tantos apontamentos cénicos, cantam para evocar memórias antigas que transportem o inefável transcultural da nossa história.

Em Dezembro de 2015, lançaram o San’Joanices, paganices e outras coisas de mulher, um CD-livro dividido em 7 capítulos – tal como 7 são os dias da semana, as fases lunares, os pecados mortais, as notas musicais – com o nome de artes fugidias: artes, porque da arte de cantar se trata, fugidias porque, nunca imutáveis, abrem-se a novas explorações e experiências musicais.

Galandum Galundaina 
O grupo faz parte da genealogia de uma região com um património musical e etnográfico único, que durante muito tempo ficou esquecido. Ao longo dos últimos 20 anos o Galandum Galundaina tem contribuído para o estudo, preservação e divulgação da identidade cultural das Terras de Miranda, Nordeste Transmontano.

O seu trabalho de investigação e recolha, junto de pessoas mais velhas com conhecimentos rigorosos do legado musical da região, a par da formação académica na área da música, concretizou-se num sentido renovado no modo de entender as sonoridades que desde sempre conheceram. Com a sua música não procuram criar novos significados, mas antes descrever os lugares e a vida, encontrar as raízes que permitem que a cultura se desenvolva.

Em palco os quatro elementos apresentam um repertório vocal e instrumental na herança do cancioneiro tradicional das Terras de Miranda, onde as harmonias vocais e o ritmo das percussões nos transportam para um universo atemporal. Das memórias da Sanfona, da Gaita-de-foles Mirandesa, da Flauta pastoril, do Rabel, do Saltério, do Cântaro, do Pandeiro mirandês, do Bombo e da Caixa de Guerra do avô Ventura, nasce uma música que acumula referências, lugares, intensidades, tempos. Para Galandum Galundaina a música não se inventa, reencontra-se.

Quatrada é o novo disco de Galandum Galundaina e marca o início das comemorações dos 20 anos do grupo. 


Concerto integrado nas XVI Jornadas de Cultura Popular do GEFAC.
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