Com encenação de António Leal, texto de Sandra Viegas Leal e música de António Leal e Simon Wadsworth, a peça tem como objetivo principal mostrar ao público nacional, através da representação teatral e da música, o gesto humanista de Aristides de Sousa Mendes, merecedor de justas homenagens e reconhecimentos aquém e além-fronteiras. O espetáculo vai retratar especificamente os dias que representaram o dilema de Aristides de Sousa Mendes, no momento em que este se viu confrontado com a tragédia humana nas ruas de Bordéus. Perante as limitações impostas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, expressas particularmente na Circular 14 de novembro de 1939, a atuação de Aristides de Sousa Mendes culminou no ato heroico de salvação de milhares de refugiados em fuga desesperada da perseguição nazi, através da concessão de vistos de trânsito para Portugal. “Aristides – O Musical” aborda o confronto entre António de Oliveira Salazar - à data, simultaneamente, Presidente do Conselho de Ministros e Ministro dos Negócios Estrangeiros - e Aristides de Sousa Mendes, Cônsul-Geral de Portugal em Bordéus, assim como o confronto entre os respetivos ideais nacionais e político-estratégicos de um e os valores humanistas e morais do outro. Paralelamente, é feita uma abordagem entre a realidade portuguesa imperial e colonialista e a realidade europeia perseguida e subjugada, replicando o contraste irónico entre a Exposição do Mundo Português inaugurada em junho de 1940 e o desespero dos refugiados nas ruas Bordéus durante os mesmos dias. Os atores Manuela Maria, Ruben Madureira, José Calado Lobo, Joana Leal, Carlos Martins, Sissi Martins, Hugo Baptista e os Contracantos dão vida ao espetáculo, a não perder! SINOPSE Junho de 1940. As tropas nazis invadem Paris. Milhares de refugiados fogem para o sul de França, na tentativa desesperada de sobreviver, abandonando o continente europeu, através da Península Ibérica. Em Bordéus, onde Aristides de Sousa Mendes é Cônsul-Geral de Portugal, a população aumenta rapidamente de 300 mil para cerca de 700 mil habitantes. Milhares de judeus e refugiados amontoam-se à porta do Consulado português em busca de um visto de trânsito para Portugal. Impedido pela Circular 14 de acudir a toda essa gente aflita, Aristides enfrenta um dilema: respeitar a Lei dos Homens e seguir as regras do Governo do seu país ou respeitar a Lei de Deus e seguir as regras do Amor cristão? Aristides escolhe Deus e desobedece a Salazar. Perante a tragédia nazi, Aristides atua. E Salazar… também. Informações e reservas: Telefone 232960400 /Telemóvel 925100310