1 - Vivemos um tempo de excessos alimentares num mundo onde as doenças crónicas são a principal causa de morte; 2 - Grande parte dessas doenças, incluindo o cancro, poderiam ser evitadas se investíssemos na prevenção através do estilo de vida; 3 - Uma das recomendações para a prevenção do cancro e outras doenças passa por fazermos uma dieta de base vegetal; 4 - A dieta de base vegetal é a dieta mais sustentável de todas, com benefícios para a saúde mas também para o planeta; 5 - O grande desafio a que nos propomos hoje será converter todo o conhecimento disponível em prática e poder pessoal. A luta do Gabriel e da Gabriela, pai e mãe da Safira contra o “sistema” foi algo que me impressionou desde a primeira hora. Assumir que não queriam sujeitar a filha sessões intermináveis de quimio e radioterapia e assumir todas as consequências que daí advêm é, na minha opinião, um ato de enorme coragem. Mas o que mais me impressionou foi saber que a partir da data dessa decisão, tudo mudou para aquela família. O Gabriel passou a cozinhar, todos os dias, uma Farmácia na cozinha. E felizmente com excelentes resultados. Tão bons que a partir dessa data o Gabriel não fez mais do aprender e aprender, informar-se, frequentar cursos, sobre este tema. Hoje não tenho duvida de que deve ser das pessoas que mais sabe o que nos faz bem e o que nos faz mal. Fiz um curso com ele e pude confirmar. A nossa alimentação é feita de memórias, boas e más. Quantas vezes não nos acontece deixarmos de comer determinadas coisas e quando voltamos não nos sabe bem ? Mudar é uma questão de querer e pela nossa saúde é mesmo o que devemos fazer. Este é um curso que vale mesmo a pena. cá vos esperamos :-) Luisa Veja mais em https://projetosafira.wordpress.com/ 29 de JULHO de 2017 HORÁRIO: Das 10h00 às 18h00. PREÇO: 80,00 € - inclui almoço e uma oferta de produtos da Quinta, que o/a irão ajudar a começar a sua "farmácia" com sugestões do Gabriel. INSCRIÇÕES: EMAIL aquinta@quintadoarneiro.com ou TEL: 912982220 / 261961219. Azueira - Mafra (estamos a 30min. de Lisboa) www.quintadoarneiro.pt Descrição: Na emblemática obra “A República” de Platão, Sócrates faz-nos um retrato da cidade ideal: uma cidade sem excessos, com uma dieta de base vegetal. Dizia ele que uma cidade de excessos seria uma cidade inflamada, e que por sua vez um estilo de vida “inflamado” daria origem a doenças, injustiça e guerras. Este perspicaz diagnóstico não poderia ser mais contemporâneo. Vivemos um tempo de excessos alimentares num mundo onde as doenças não-transmissíveis são a principal causa de morte, sendo responsáveis por mais mortes do que todas as outras causas juntas. Uma grande parte dessas doenças, cerca de 80%, poderiam ser evitadas se alterássemos os nossos hábitos de estilo de vida, ou seja, se fizéssemos uma alimentação equilibrada, exercício físico, não fumássemos e controlássemos o peso. O cancro faz parte desse grupo de doenças crónicas que alcança hoje proporções epidémicas, atingindo 1 em cada 2 pessoas até ao final da sua vida. No entanto, apenas 5 a 10% de todos os cancros são de natureza genética hereditária. A grande maioria dos casos de cancro depende de fatores ambientais que podemos controlar ou modificar, dos quais cerca de 30 a 40% estão relacionados com o que comemos e falta de exercício físico. Somos por isso uma parte importante deste problema de saúde global. Se é verdade que o cancro é uma doença muitas vezes fatal, não tem de ser fatalista e não temos de nos resignar a uma atitude passiva. Com o que sabemos hoje, temos a possibilidade de assumir um papel ativo e passarmos a ser a solução. A alimentação é uma das formas mais eficazes de reduzirmos de forma significativa o risco de termos cancro e outras doenças. Por outro lado, a dieta que fazemos está longe de ser um problema apenas da esfera pessoal. As implicações do que comemos são transversais a muitas outras dimensões, nomeadamente sociais e planetárias. A dieta ocidental é uma dieta de excessos em tudo, menos em vegetais, frutos, cereais integrais, leguminosas, sementes e frutos secos. Consegue por isso concentrar todos os principais fatores de risco conhecidos para as doenças crónicas mais comuns e deixar de lado os alimentos protetores. Este padrão alimentar, representa não só uma fatura pesada para a saúde pública, como sobrecarrega os encargos com saúde assumidos pelos sistemas de saúde. Além disso, o excesso de alimentos de origem animal, principalmente de carne vermelha, é uma das principais causas do aquecimento global. Nesse sentido, em vez de falarmos de dieta saudável, hoje é mais atual e adequado falarmos de dieta sustentável, ou seja, simultaneamente saudável para nós e para o planeta. As dietas de base vegetal são aquelas que melhor conseguem reunir essas características, sendo que não só podemos considerar que são as dietas do futuro, como o próprio futuro depende delas. Uma dieta de base vegetal faz também parte de um conjunto de recomendações que existem para a prevenção do cancro, juntamente com outras como: reduzir o consumo de carne vermelha, evitar as carnes processadas, controlar o peso, fazer exercício físico, limitar o consumo de bebidas alcoólicas, evitar as bebidas açucaradas e os alimentos hipercalóricos, entre outras. De acordo com as evidências que existem, se seguirmos estas recomendações poderíamos evitar mais de um terço de todos os cancros. Este workshop é uma versão introdutória ao curso “Fazer da Cozinha uma Farmácia”, no qual procuramos transformar o conhecimento que existe hoje sobre alimentação saudável e o seu papel na prevenção do cancro. Destinatários: todos aqueles que pretendam ter um conhecimento prático, baseado em evidências, sobre o papel da alimentação numa vida saudável, com especial destaque para a prevenção do cancro. Todos serão bem-vindos, desde profissionais de saúde, até pessoas que estejam a lidar com a doença ou apenas por interesse pessoal no tema. Métodos: O workshop será teórico onde procuramos transmitir uma informação rigorosa e bem fundamentada sobre cancro e nutrição, apoiada em materiais didáticos e projeções de documentos relevantes. No final os alunos poderão usufruir de uma refeição nutritiva e saudável e ainda levarão para casa um cabaz com produtos biológicos da Quinta do Arneiro. Temas que são abordados ao longo do workshop: • Doenças não-transmissíveis; • Características e riscos da dieta ocidental; • Hábitos alimentares dos portugueses; • Estilo de vida e prevenção de doenças; • Factos e números acerca do cancro; • Recomendações oficiais para a prevenção do cancro (AICR/WCRF, OMS, IARC); • Malnutrição e obesidade; • Exercício físico e cancro; • Carnes vermelhas e processadas e risco de cancro; • Dietas de base vegetal e cancro; • IGF-1, aminas heterocíclicas, ferro heme, trimetilamina, Neu5Gc e risco de cancro; • O impacto para o ambiente da alimentação; • Dietas sustentáveis – definição; • Álcool e risco de cancro; • Laticínios e risco de cancro; • Blue zones; • Recomendações alimentares; • Comparação de rodas dos alimentos; • Dietas de base vegetal – estado da arte e recomendações; • Fibra e cancro; • Fontes e cuidados a ter com macro e micronutrientes (proteína, minerais, vitaminas) • Planeamento saudável de dietas de base vegetal; • Impactos da alimentação e estilo de vida para a saúde, sociedade e ambiente; • Definição e mecanismos biológicos do cancro (assinaturas, carcinogénese, inflamação, angiogénese, metabolismo, telomerase, epigenética); • Alguns mitos; • Fitoquímicos e seus mecanismos (polifenóis, carotenoides, flavonoides, isotiocianatos, indóis, compostos allium, isoflavonas, lignanas, etc.); • Formas de preservar e potenciar efeitos dos fitoquímicos; • Alimentos protetores e suas propriedades (crucíferas, allium, soja, açafrão, cogumelos, linhaça, frutos vermelhos, fibra, chá verde, cacau, azeite, leguminosas, tomate, etc.); • Formas de confeção adequadas; • Importância e forma de confeção das crucíferas; • Os mitos da soja: importância para a prevenção do cancro e propriedades e metabolismo das isoflavonas; • Propriedades e confeção dos allium (alho, cebola, etc.)