Ao longo dos séculos conhecem-se várias tentativas de criar um meio de locomoção de duas rodas, mas, só em 1790, pelas mãos do conde francês Sivrac, surge a máquina a que deu o nome de “Celerífero”, construído todo em madeira e com duas rodas alinhadas, uma atrás da outra, unidas por uma viga onde se podia sentar. Em 1817, o alemão Barão Karl von Drais instalou, num celerífero, um sistema de direcção que permitia fazer curvas e com isto manter o equilíbrio da bicicleta quando em movimento. Surgia, assim, a “Draisiana”, patenteada em 1818. Esta era propulsionada pelo andar do seu condutor e em 1839, o escocês Kirkpatrick Macmillan adapta-lhe um sistema de pedais. É, no entanto, Pierre Michaux, um carroceiro da cidade de Brunel, França, que cria um sistema de propulsão ligado directamente à roda dianteira, tornando a deslocação da máquina mais fácil. O resultado foi tão positivo que Michaux resolve dedicar-se à produção deste velocípede. Nasce, assim, a primeira fábrica de bicicletas do mundo, a Companhia Michaux. “Bicicletas do Passado” consiste numa mostra representativa da evolução da bicicleta ao longo dos anos. Inicia-se com dois modelos tipo “Michaux” de 1869, seguidos das tradicionais “Bone Shakers”, triciclos, até às bicicletas actuais. A exposição, que estará patente de 3 de Fevereiro até 31 de Maio no Museu do Caramulo, conta com o apoio da Câmara Municipal de Tondela, do Jornal dos Clássicos, do Motor24 e do Banco BPI.