O avô de Joana percorreu a vida como um estrangeiro, que ao procurar um rumo perde as coordenadas da navegação. Nunca pudera regressar à ilha porque o pai nunca lhe havia de perdoar ter escolhido as vagas medonhas do mar contra a sua vontade. Agora é Joana que, ao ouvir aquele grito de mulher do alto de uma vida arrumada, sente estremecer o seu sossego. Joana respira essa liberdade que é a lei da sua vida, o alimento do seu ser. Vai também ela cumprir o seu destino mesmo que para isso tenha de seguir os passos do avô.
A partir de Silêncio e Saga, in Histórias do Mar e da Terra de Sophia de Mello Breyner Andresen.
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