Poético ou Político? Curadoria de / Curated by João Baeta Inauguração / Opening: 26.06 Patente até / until: 25.07 24 artistas/artists x 48 obras/works of art x 48 mupis espalhados pela cidade do Porto/"mupis" spread over the city of Porto António Caramelo, António Olaio, Carla Castiajo, Carolina Grilo Santos, Carmo Azeredo & André Covas, Cristina Regadas, Diana Carvalho, Fabrizio Matos, Horácio Frutuoso, Isaque Pinheiro, Israel Pimenta, João Fonte Santa, João Gigante, José Maçãs de Carvalho, Luísa Abreu, Maria Trabulo, Max Fernandes, ±MAISMENOS±, Paulo Mendes, Pedro Magalhães, Pedro Tudela, Reis Valdrez, Sara & André, Susana Chiocca [PT] Os artistas através das suas obras produzem mutabilidades, acidentalidades, apresentam-nos frequentemente novas cartografias. Confrontam-nos com novas probabilidades de existência das coisas do mundo, através de formas sensíveis que agem e nos convidam - por vezes obrigam- a ver o que antes não era visível, logo a sentir e a pensar de outro modo. O resultado desse confronto, coloca-nos muitas vezes perante o desenvolvimento de forças invisíveis que fazem vibrar, criar ressonâncias, forças plásticas que podem agir sobre o corpo-indivíduo, multiplicando possibilidades conscientes e da inconsciência no corpo-coletivo, de cada lugar e de cada comunidade. Os artistas ao colocarem as suas obras no espaço público, nesses dispositivos utilizados pela publicidade, os MUPIs, com a sua escala humana, confrontam, interpelam, inevitavelmente aqueles que passam, - se assim o desejarem- , com uma função alterada; ficam diante duma outra «coisa». Uma presença que por existir no espaço sensível que é o espaço público, pode revelar as coincidências existentes entre o fazer poético e a ação política. [EN] The artists produce through their works mutabilities, accidentalities, and often present us new cartographies. They confront us with new probabilities of the existence of things in the world, through sensitive ways that act and invite us - sometimes they force us to see what was not visible before, then to feel and think otherwise. The result of this confrontation, often places us before the development of invisible forces that vibrate and create resonances, plastic forces that can act on the individual-body, multiplying conscious and unconscious possibilities in the collective body, from each place and from each community. When artists put their works in the public space, on these devices used by advertising, called "MUPIs", with their human scale, inevitably they confront and challenge those who pass, - if they so wish-, with an altered function; they face another "thing". A presence that, because it exists in the sensitive space that is the public space, can reveal the coincidences that exist between poetic doing and political action.