Numa das regiões mais vulneráveis à crise climática e onde o processo de desertificação é evidente, assistimos nos últimos anos à instalação de um modelo agrícola baseado num sistema de monoculturas, o qual se estende a várias regiões do Alentejo e do Algarve. Os impactos são variados e vão da poluição e sobreexploração dos recursos hídricos, erosão do solo e perda de biodiversidade, ocupação de áreas protegidas, destruição de património arqueológico, poluição sonora, degradação do património paisagístico, até ao impacto lento mas letal na saúde de todos os seres vivos que habitam estas regiões, tanto por via dos pesticidas e fertilizantes aplicados junto às povoações como devido a unidades de extração de óleo de bagaço de azeitona. A tudo isto associam-se os problemas derivados do recurso a mão-de obra de migrantes, os quais vivem muitas vezes em condições degradantes e sujeitos a trabalho quase escravo. O GAIA Alentejo, o Movimento Alentejo Vivo, e a Associação Ambiental Amigos das Fortes fazem um chamado para uma acção pelo mundo rural no dia da Greve Global pelo Clima, em frente à Câmara Municipal da cidade de Beja. Por tudo isto apelamos a tod@s com visão sobre o problema da crise climática, a tod@s que se sentem afectad@s pela implementação de um modelo agrícola insustentável e querem um futuro justo, que se juntem a nós para mostrar que há outros caminhos necessários e vontade para os trilhar. Por favor partilhem este convite com @s voss@s aliad@s. Programa ->Indicações gerais: trazer e usar máscara, bem como desinfectante das mãos, e manter o distanciamento recomendado (mínimo de 2m). 14h - Shoestrike na Praça da República, em Beja e Oficina de cartazes ->Indicações: trazer calçado (saptatos, ténis etc.) com uma mensagem acerca do futuro climático. Os sapatos ficarão instalados até ao final do dia e serão doados à Associação Estar: https://www.facebook.com/associacaoestar/ 17h - Concentração na Praça da República em Beja Microfone aberto, Espaços abertos de conversa/Troca de panfletos, e Troca de Sementes ->Indicações: Cada pessoa deve responsabilizar-se por trazer o seu próprio assento. Sugere-se que tragam panfletos e informação crítica para partilhar e distribuir (sem propaganda partidária). Quem puder traga também sementes para trocar. 20h - Pausa para Jantar 21:30 - Vigília na Praça da República Assembleia Popular - Debate sobre o futuro da (agricultura na) região ->Indicações: trazer velas O distrito de Beja é o epicentro da implementação deste modelo inadmíssivel às necessidades do presente e do futuro. É urgente a implementação de um modelo agrícola regenerativo e baseado na agroecologia para garantir condições dignas à sobrevivência das gerações futuras. Queremos pressionar o Ministério da Agricultura, a Direcção Regional da Agricultura e Pescas, as autarquias territorialmente competentes, a EDIA – Empresa de Desenvolvimento de Infraestruturas de Alqueva e o ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas ou a APA – Agência Portuguesa do Ambiente, quanto às denuncias feitas desde 2019 pelo Movimento Alentejo Vivo, Juntos Pelo Sudoeste e Associação Ambiental Amigos das Fortes, no que toca às irregularidade e atentados que se estão a cometer na região, com o objectivo de parar o ecocídio e responsabilizar quem o tem promovido. Informações técnicas: — O protesto terá várias vertentes, entre as quais um microfone aberto, uma vigília. Pede-se que tragam velas para a vigília. Outras informações seguirão em breve. — Para quem vem de longe existe a possibilidade de dormida no parque de campismo de Beja. Este está sob medidas de contingência devido à pandemia e tem capacidade para 80 pessoas. — A todas as organizações e associações que pretendam deslocar-se, sugere-se que tragam flyers para partilha de informação sobre os temas em questão. — Para boleias de Lisboa, Algarve e outras partes do Alentejo, pf usem o seguinte link: https://docs.google.com/spreadsheets/d/17gj0fGCqwXmMxmZg0wBgBKKn6_63EfuLfvkjUObqeXQ/edit#gid=1065040440