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Sara Serpa, André Matos, Craig Taborn e Jeff Ballard

Sara Serpa, André Matos, Craig Taborn e Jeff Ballard

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Guimarães Jazz 2024

Sara Serpa e André Matos são um casal de músicos portugueses atualmente sedeado em Nova Iorque, cidade onde têm desenvolvido um corpo de trabalho de dimensão internacional. Uma vocalista que usa criativamente a voz como instrumento não-idiomático, oscilando entre o lirismo e a guturalidade e um guitarrista expansivo que recorre tanto a técnicas de convencionais de guitarra como a efeitos de manipulação eletrónica, ambos se afirmam neste projeto como compositores e cúmplices de uma relação simultaneamente afetiva e artística. Nesta edição do Guimarães Jazz, Sara Serpa e André Matos serão acompanhados pelo experiente Jeff Ballard na bateria (um colaborador habitual) e, numa colaboração inédita, por Craig Taborn, consensualmente considerado um dos mais influentes pianistas do jazz contemporâneo.

Sara Serpa é uma vocalista, compositora e improvisadora originária de Lisboa e sedeada em Nova Iorque desde 2008, com uma carreira musical primordialmente situada no território do jazz clássico, mas com incursões pontuais nos circuitos de tendência mais experimental. Uma cantora não-verbal que encara a voz como som puro e não-contaminado pela linguagem, Serpa iniciou o seu percurso ao lado de artistas proeminentes do jazz mainstream norte-americano (tais como, entre outros, Danilo Pérez, Ran Blake ou Greg Osby) e editou até à data dez registos discográficos, o último dos quais intitulado “Intimate Strangers”, que resultou de um projeto interdisciplinar criado em parceria com o escritor nigeriano Emmanuel Iduma. Ao longo do tempo, a vocalista portuguesa envolveu-se também em várias colaborações, tanto no contexto jazzístico mainstream como em formatos mais heterodoxos, com inúmeros músicos relevantes da paisagem musical contemporâneo, entre os quais podemos relevar os nomes de Zeena Parkins, John Zorn, Mark Turner ou Angelica Sanchez.O percurso musical do guitarrista português André Matos iniciou-se com um período formativo em que frequentou a escola do Hot Clube de Portugal, tendo completado os seus estudos de nível superior nos EUA (nomeadamente, no Berklee College of Music e no New England Conservatory). Desde o início da sua carreira, Matos editou até à data cinco álbuns em nome próprio, entre os quais o mais recente “Múqina”, e, para além da relação criativa com Sara Serpa, mantém atividade no contexto do seu trio com o saxofonista Tony Malaby e o baterista Milly Mintz, tendo também no passado integrado o Quinteto de André Carvalho e o Quarteto Gonçalo Leonardo. Para além da sua prática estritamente musical, é importante e justo mencionar o trabalho meritório de André Matos na divulgação e promoção do jazz nacional no papel de fundador e diretor artístico da infelizmente extinta editora TOAP, com a qual o Guimarães Jazz colaborou durante muitos anos.Pelo seu percurso no jazz durante os últimos quinze anos e também pela sua relação com o Guimarães Jazz (onde já atuou por diversas ocasiões, a última das quais no concerto superlativo que protagonizou em duo com Vijay Iyer), Craig Taborn dispensa grandes apresentações ao público do festival. De referir apenas que se trata de um compositor e instrumentista com um trabalho criativo desdobrado por vários contextos e territórios musicais – jazz, música eletrónica, rock e avant-garde – e um historial impressionante de colaborações com, simultaneamente, várias figuras históricas do jazz moderno e alguns dos músicos mais importantes da nova geração – como, por exemplo, Rudresh Mahanthappa, Chris Lightcap ou o já mencionado Vijay Iyer. Os projetos autorais de Taborn cobrem um largo espectro de formatos e estéticas (desde um trabalho de composição para piano solo até incursões pela eletrónica minimal, passando por formações colaborativas) e a linguagem musical deste pianista, entre a melodia e a dissonância, coloca-o numa linhagem que começa em Monk e converge para uma miríade de referências onde encontramos tanto ecos do swing canónico do jazz como da abordagem neoexpressionista de Cecil Taylor.Um baterista originário da Califónia, EUA, Jeff Ballard (n. 1963) inaugurou a sua carreira musical integrado na banda de Ray Charles e, após a mudança para Nova Iorque em 1990, introduziu-se na cena jazzística que nessa altura despontava na capital global norte-americana, protagonizada por um conjunto de músicos que se encontram hoje plenamente estabelecidos na cultura musical contemporânea, entre eles Brad Mehldau, Kurt Rosenwinkel ou Joshua Redman. Desde então, Ballard, um músico de referências ecléticas e abordagem expressiva ao seu instrumento, desenvolveu um percurso de afirmação e consolidação artística ao lado de grandes nomes da história do jazz (tais como Chick Corea ou Pat Metheny), bem como de alguns dos seus companheiros de geração, com quem trilhou os caminhos de renovação estilística inaugurados durante a década terminal do século XX.

Fonte: https://www.ccvf.pt/detail-eventos/20241108-guimaraes-jazz-2024-sara-serpa-andre-matos-craig-taborn-e-jeff-ballard/
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