Descendente de sobreviventes do Holocausto, com um pai que fora deportado para Auschwitz e uma mãe que viveu sob o estigma da estrela amarela e as horas sombrias da ocupação nazi, a pintura do parisiense, residente em Lisboa, David Kessel (1955) nasce a partir de ambientes das shtetls - pequenas aldeias judaicas da Rússia ou da Polónia, onde ecoa o som da música kleizmer - , da escrita de Haïm Potok e das pinturas de Chagall. Pouco a pouco, os seus temas diversificam-se e, a par do judaísmo, a música, a natureza, os animais, os cafés ou a cultura ameríndia tornam-se objetos recorrentes no seu trabalho. Apesar de nos anos 70 ter feito uma passagem pelo desenho publicitário e ilustração, Kessel faz atualmente do ato pictórico a base da sua escrita e da imagem o seu eixo privilegiado. O primeiro sentimento diante das pinturas deste artista é uma impressão de alegria e júbilo face às suas temáticas e explosões de cores francas a que muitos críticos associam ao fauvismo. As suas obras integram coleções particulares e públicas, como a Academia de Belas Artes San Alejandro de Havana, o Museu Nacional de Belas Artes de Cuba, o Museu de Arte Real de Marraquexe, Museu Grémio Lusitano ou o Museu dos Correios, em França.
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