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Gungunhana - Importância e Atualidade

Gungunhana - Importância e Atualidade

O primeiro colóquio internacional "Gungunhana - Importância e Atualidade" decorre, de 31 deste mês a dois de novembro, em Angra do Heroísmo, com a presença do escritor moçambicano Mia Couto e de investigadores nacionais e internacionais.

A organização é do Instituto Histórico da Ilha Terceira (IHIT), que assume que uma das intenções foi colocar lado a lado as duas faces do colonialismo.

O presidente do IHIT, José Olívio Rocha, destaca esse debate multifacetado. "A perspetiva não é de homenagem, é sobretudo de fazer justiça à importância de Gungunhana no seu contexto e no seu tempo, do ponto de vista do estudo e da investigação. Há um conjunto de especialistas em Gungunhana, em história contemporânea, história de África e de Moçambique que vêm da Europa e de Portugal e há pessoas como Mia Couto e mais dois elementos de Moçambique, que têm a leitura do Moçambique independente e a da importância que para eles tem ou não essa figura de Gungunhana", afirma.

A essa perspetiva junta-se o que aconteceu na Terceira ao último imperador de Gaza, hoje Moçambique, que passou o resto da vida desterrado na ilha. "A ideia que temos é que a maneira como as pessoas da Terceira se comportaram quando ele e os seus companheiros estiveram cá presos tem aspetos extremamente positivos, mas também de quem 'manda'. Tiveram de batizar-se, foram crismados. Não sabemos se foram convictamente batizados ou se foi um ato do opressor, que obrigou o oprimido a esse gesto", exemplifica.

José Olívio Rocha reforça que "esses dois mundos poderão estar presentes" para "estabelecer um debate, obviamente pela positiva".

"É um tema que, evidentemente, é um pretexto para outros temas, muito variados", aponta.

O colóquio começa no dia 31, com a sessão de abertura marcada para o Salão Nobre da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, pelas 20h, com a presença do presidente do IHIT, do presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Álamo Meneses, e também de Eugénio Numayo, presidente do King NgungunhaneInstitute, Príncipe do Império de Gaza e de Stella Pinto Zeca, embaixadora de Moçambique em Portugal.

No dia seguinte, o evento transita para o Núcleo de História Militar Manuel Coelho Baptista de Lima e arranca, pelas 9h, com o escritor Mia Couto.

O programa inclui um painel, moderado pela jornalista da CNN Portugal Sara de Melo Rocha, sobre "Gungunhana e o Império de Gaza", com Abel Mazuze, investigador do ARPAC, Instituto de Investigação Sócio-Cultural de Moçambique, Eric Morier-Genoud, especialista em Antropologia e História Africana da Queen'sUniversity Belfast e Mia Couto.

O colóquio conta com especialistas como Vítor Barros, da Universidade Nova de Lisboa, o historiador Carlos Enes, AndreaVacha, do ISCTE, Michel Cahen, historiador francês, Maria-Benedita Basto, professora na Faculdade de Letras da Sorbonne, Nuno Martins, professor catedrático na Universidade Católica Portuguesa e José Avelino Santos, diretor da Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro.

No dia dois de novembro, pelas 21h, Mia Couto apresenta o livro "A Cegueira do Rio", na Livraria Lar Doce Livro.

O colóquio tem o apoio da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, do Museu de Angra do Heroísmo, da Biblioteca Pública e Arquivo Luís da Silva Ribeiro e da Câmara Municipal da Praia da Vitória.

Fonte: https://www.culturacores.azores.gov.pt/agenda/default.aspx?id=48281
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