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Exposição '1924. A visita'

Exposição "1924. A visita"

A Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada celebra o 1º centenário da visita dos continentais aos Açores com a inauguração, no próximo dia 31 de outubro, às 18h, da exposição intitulada “1924. A visita”.

Idealizada por José Bruno Tavares Carreiro, fundador e primeiro diretor do jornal Correio dos Açores, a iniciativa, então denominada, visita dos continentais teve como objetivo promover o arquipélago a nível nacional, homenagear Antero de Quental e, de uma forma velada, angariar simpatias para o aprofundamento da autonomia administrativa. Estas são as principais motivações que transparecem na documentação reunida e exposta e que explicam, também, a razão para a composição de uma extensa e diversificada comitiva de nove elementos, com formação em diferentes áreas da ciência e da literatura, e de três jornalistas de importantes periódicos de Lisboa. Durante um mês, de 23 de maio a 26 de junho (datas da partida e da chegada a Lisboa), o grupo de continentais percorre S. Miguel, onde permanece durante duas semanas, para conhecer as indústrias, a lavoura, a cultura e os costumes locais, rumando, de seguida, para as outras ilhas do arquipélago onde a estada, bem mais reduzida, é condicionada pelo tempo de paragem do vapor San Miguel em cada um dos portos.

Na ligação entre São Miguel e o Corvo, a comitiva cruza-se com Raúl Brandão, que não estava inserido na iniciativa de José Bruno Tavares Carreiro, cuja estada nos Açores gerou a redação de As ilhas desconhecidas, um dos mais conceituados livros de viagens de todos os tempos na literatura portuguesa, na opinião de diversos açorianos ilustres.

1924. A Visita” pretende revisitar os pontos de passagem dos continentais pelos Açores naquele ano. Numa linha temporal, que tem início nas primeiras referências à ideia da visita e término na edição das mais relevantes obras que dela resultaram, são relembrados, dia a dia, locais e eventos através da correspondência, notícias de imprensa e fotografias que foi possível recolher na documentação, pertencente à BPARPD, mas também em documentos de arquivos do continente. Textos de Susana Goulart Costa, José Guilherme Reis Leite e Urbano Bettencourt compõem a edição de um jornal especial, elaborado para esta exposição, que acompanhará a narrativa da revisitação desta efeméride. A exposição estará patente até 31 de março de 2025.

Fonte: https://www.culturacores.azores.gov.pt/agenda/default.aspx?id=48291
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