Cirandamos em torno das noites em Combustão Lenta neste novo ano com dois momentos que convidam à escuta profunda e ao relaxar do corpo e mente. Primeiro Liminal, autor de um excelente split com Aires, um dos cabecilhas do Colectivo Casa Amarela; depois Eosin, projecto da sempre entusiasmante Diana Combo que alguém um dia descreveu de forma muito acertada como yoga-noise. Depois dos concertos, os pratos ficam nas mãos irresponsáveis de Yin Yang, uma das partes dos nossos irmãos da RUST. Eosin: cognome de Diana Combo, ela é uma das artistas sonoras mais singulares deste tempo. Frequentemente acompanhada por dois gira-discos e mesa de mistura, é nas texturas sónicas e nas paisagens desconcertantes que faz revelar o seu inusitado trabalho de exploração em redor de discos de vinil deformados, samples diversos ou field recordings. O resultado é francamente surpreendente, não apenas pela multiplicidade das origens sonoras como também pela diversidade dos mesmos - e, acima de tudo, a capacidade de os levar a 'zona de ninguém'. Entre a performance e a composição, o léxico de Eosin é orgulhosamente mestiço e indeterminado (texto de Ilo Oliveira). Liminal: persona musical e ruidosa de João Catarino, Liminal deu de si pela primeira vez em 2012. Dois anos depois, edita "Smoke Screen", o álbum de estreia lançado em cassete pela Vibrio Cholerae Records, numa junção franca de noise, drone, ambiental e outros géneros etéreos. No verão de 2016, grava um split com Aires (editado em cassete pela Genot Centre), o qual reforça as suas valências na música ambiental e drone tingida de negro. Neste regresso à nossa cave, Liminal traz as suas máquinas de ruído - sejam elas pedais, sintetizadores, drum machines - para uma viagem sem fim. https://liminal1.bandcamp.com/releases | https://genot.bandcamp.com/album/liminal-aires-split -- Combustão Lenta é o nome da residência da Zigur no Desterro. Estas sessões mensais têm particular foco na música livre, tendo-se dedicado no último ano às mais variadas expressões da música electrónica, drone. noise, música ambiental e improvisada. -- Contribuições obrigatórias a partir de 3 darcs que revertem a favor dos músicos. A entrada no DARC é exclusiva a sócios. Os não-sócios terão que pagar a quota anual, que corresponde a 3 darcs.