Ciclo disfuncional é uma leitura de oito anos de artes deste projecto. É centrado em artistas que têm tido a mesma luta. Relembrando o laboratório e as ideias da sua fundação. ----- VÉU SUJO Para esta exposição, “Véu sujo”, queria instalar as pinturas suspensas no cento da sala. Pinturas em papel como se fossem véus, fantasmas. Quero que a deslocação dos corpos e do ar pudessem fazer as pinturas deslocarem-se também, como um sopro numa cortina. A pintura é um véu sujo. Queria que fosse todo o corpo a poder experienciar a pintura, que o corpo do que vê pudesse contornar a pintura, circundá-la não só com os olhos, mas com as pernas, os pés, os braços, o peito. Performance: "Clareira intermitente." Em vidros vou pintar palavras que são um poema. Assim que se fecha a luz, essas lâminas de vidro são retiradas e atiradas à parede de projecção sucessivamente. “clareira intermitente”, um poema de palavras pintadas, palavras feitas luz que não existe. Tiago Baptista Tiago anda numa fase confusa ou sempre andou numa fase confusa. ehehheehhe Não vamos falar em pintura e desenho ou desenho e ilustração ou Fanzines ou cartaz em vez de quadro. Tiago é talvez dos artista mais interessantes da minha geração, ainda andávamos na escolinha já ouvia falar de um rapaz que desenhava com mestria e andava numa onda de fazer umas bandas desenhadazinhas, que vim a descobrir depois que se chamavam Fanzines. O homem fanzine, mesmo. Antes desta onda revivalista já ele se desenrascava e tomava esta bandeira. Como o Mao que, na sua conquista da China, nunca quis tomar as cidades à bruta mas sim dominar os campos, porque aí é que a mudança fazia diferença. Tendo os campos, a cidade cairia. Da parte dos seus medos talvez encontremos um trabalho cheio insegurança. Mas, ao mesmo tempo, com pormenores de mestre. Ele fala que a "pintura é um véu sujo" Neto