21:00 até às 00:00
☞Apo☜ ~Língua sem prova¨ ªLugalbandaª

☞Apo☜ ~Língua sem prova¨ ªLugalbandaª

~Língua sem prova¨

/ provocação sem contornos / desperta na ponta da língua / não experimenta nem diz / morta presença que joga engolir-nos / chama calada para sair / qual petisco nesse lugar sem geometria / porta sem umbral /  quantas perguntas / muda resposta / estranha indefinição nossa /mergulho na corrente intermédia / sempre nova, sempre a mesma / estranho sempre igual ~ igual sempre estranho / como se prova o improvável /

Lugalbanda
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Cacos caquinhos, loiça da casa. 
A minha ligação com a loiça e arte da faiança é grande, nascido nas caldas, mas de Alcobaça. Que ambas as terras têm um irmandade nessa arte do barro. Fora dizer que cresci de frente para uma fábrica familiar dessa arte. Sei bem como foi o fim da arte e as guerras anti- mercado aberto. Por um lado a poluição da terra e por outro o crescimento da família laboral.
Mas, ao que parece, tem havido uma nova vaga em torno da arte de fazer o barro. Com novos mundos que me alegram. Pelo motivo de não haver um fim, mas uma nova vida. E depois também não sermos só conhecidos por fazermos couves de loiça ou cães. 
Falando nisso, que saudades que tenho dos cães da fábrica de loiça, um dálmata de loiça e um grande rafeiro de vida.
Qual é o meu espanto que duas amigas minhas, Elsa e Claudia, tenham começado a trabalhar a loiça como arte, depois de saírem do mestrado de belas artes. Inscreveram-se no Fica para tal. 
Agora por quê esta exposição: por um lado foi uma propostas delas e por outro uma ideia antiga minha.
Como a pintura com tintas de chumbo que só é revelada no fim de ser cozida. Estão a ver, uma cor arroxeada pode dar a ver o azul. É uma loucura pintar por antecipação. Agora pensem como se faz um degradé, é de loucos.
Tudo isto para dizer que esta exposição é um bocado disso: não é loiça como não é um pano como não é uma língua. Como não é nada graças a Deus.
Espero que percebam.

Comecei a seguir os objectos estranhos delas há muito. Com uma leitura meio surreal, mesmo um prato com um bata frita que não é bem isso. Com uma pintura muito cuidada.
A partir desta necessidade ou meio loucura pelo o que não é. Anda a evoluir para fora. A última acção desta dupla que tem o nome “Lugalbanda” pastor e rei artesão, foi uma performance no “Hors-Lits #2”, meio jantar dada, como os objetos no espaço, meio mesa meio tudo, interacção com coisas estranhas que também se comem.
Também têm vindo a participar em exposições e feiras como Salamandra, Mercado da Estrela, LxMarket, e têm representação em Lisboa, na Bird on a Wire, e no Porto, na Senhora Presidenta, A Luz Natural, Ó Cerâmica Gallery. 

E aqui por nós, claro.

Por fim a língua procura enredo, cacos e fragmentos. Entra em último caso.
Um beijo mental.

Neto
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Dia 6 de Março das 21h à meia noite vamos inaugurar na Aposentadoria a nossa primeira exposição - Língua sem prova - que vai contar com uma publicação com a participação da Ana Azevedo, do André Neto, do Bernardo Rodrigues, da Elisabete Magalhães e da Filipa Cordeiro.

Claudia Cid, Elsa Gomes, 
Ana Azevedo,Andre Neto, Bernardo Rodrigues Ná, Elisabete Magalhães, Riva Mut


Aposentadoria
fragmento cívico fragmento cultural
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