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As margens falam muito do rio: acesso cultural em estabelecimentos prisionais

As margens falam muito do rio: acesso cultural em estabelecimentos prisionais

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Uma conversa com Maria José Vitorino, Ana Gil e Ana Patrícia Silva

Constituição da República Portuguesa
Artigo 78.º (Fruição e criação cultural)

1. Todos têm direito à fruição e criação cultural, bem como o dever de preservar, defender e valorizar o património cultural.


Em todo o mundo, a população prisional inclui uma elevada proporção de pessoas oriundas de meios e comunidades desfavorecidos, muitas vezes com um nível de instrução inferior ao do resto da sua comunidade e com dificuldades de leitura e escrita. O Decreto-Lei 51/2011 estipula a obrigatoriedade de existência de serviço de leitura e biblioteca "para todos os reclusos", no entanto, no dia a dia, a prática deste direito enfrenta numerosos obstáculos - começando pela inexistência de uma biblioteca na maioria dos estabelecimentos prisionais até ao dia de hoje.

Uma conversa, no dia 10 de outubro às 19h00 na biblioteca, com Maria José Vitorino, bibliotecária e formadora, e Ana Gil, fundadora da associação Terceira Pessoa, com moderação da jornalista Ana Patrícia Silva, sobre o trabalho feito e sobre o trabalho que resta fazer no caminho para uma sociedade verdadeiramente inclusiva e democrática do centro até às suas margens.


Maria José Vitorino é professora desde 1976, leccionou no ensino básico, secundário e superior. Bibliotecária desde 1990, desempenhou funções de coordenação, supervisão e formação na Rede de Bibliotecas Escolares (1998-2014). Formadora certificada desde 1998. Tradutora, editora de conteúdos, curadora, gestora de projectos. Licenciada em História (1977). Pós-graduada em Ciências Documentais - Bibliotecas e Documentação (1990) e em Curadoria e Gestão de Informação (2015). Mestre em Ciências da Educação - Educação e Leitura (2007). Prémio IASL Schoollibrarianship (2009). Membro fundador da Laredo Associação Cultural, faz parte da sua Direcção. Participa activamente em outras associações, tais como: APMNR Associação Promotora do Museu do Neorealismo, Associação Forum Manifesto, IASL International Association for School Librarianship, BAD Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas, Profissionais da Informação, APCEP Associação Portuguesa de Cultura e Educação Permanente.

Ana Gil é licenciada em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa. Em 2012 fundou com Nuno Leão a associação Terceira Pessoa, estrutura na qual assume a direção artística até 2023 e onde tem realizado projetos de criação em teatro e cruzamentos disciplinares, serviço educativo, desenvolvimento de públicos e programação. Ao longo do seu percurso colaborou com o Serviço Educativo do CTA de Castelo Branco e desenvolveu oficinas de expressão artística para vários teatros, escolas, museus e bibliotecas. Coordena e dirige projetos artísticos e educativos de intervenção em diversas comunidades, dos quais destaca: Há Festa no Campo (PARTIS – Fundação Calouste Gulbenkian & Fundação La Caixa); Manifesta-te (Academias Gulbenkian do Conhecimento); Espíritos Livres no Estabelecimento Prisional da Guarda (DgArtes); RádioATIVIDADE no Estabelecimento Prisional da Guarda (PARTIS – Fundação Calouste Gulbenkian & Fundação La Caixa). No ano de 2021 foi docente convidada na Escola Superior de Educação de Castelo Branco.

Ana Patrícia Silva é jornalista freelancer que se dedica a investigar violações dos Direitos Humanos em Portugal, Causas Sociais, Justiça e Feminismo. Foi bolseira da Pulitzer Center, uma organização norte-americana que apoiou a série Paredes frágeis em Lugares de dor, um trabalho em colaboração com o jornal Público, sobre violência sexual em hospitais e consultórios médicos. Com trabalho publicado em jornais e revistas como o Setenta e Quatro, Observador, Gerador e Público é também jornalista no Projecto Inocência, uma iniciativa de jornalismo de investigação que junta jornalistas, académicos e juristas na revisão de condenações em tribunal. Atualmente, encontra-se a fazer um mestrado em Estudos Sobre Mulheres, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, em Lisboa. Foi nomeada para o European Press Prize 2024, na categoria de Investigative Reporting Award com a uma investigação jornalística sobre a violência sexual em hospitais e consultórios médicos.

Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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